BRL - Moeda brasileira
EUR
6,25
USD
5,33
Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

Shutdown paralisa governo dos EUA e afeta turismo

Setor aéreo dos EUA já registra impacto com afastamento de 11 mil funcionários e controladores atuando sem remuneração

O governo dos Estados Unidos da América (EUA) entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º), após o Congresso não aprovar o orçamento federal dentro do prazo. Conhecido como shutdown, o processo impede o gasto de recursos públicos e coloca milhares de servidores em licença, enquanto outros, responsáveis por serviços essenciais, continuarão trabalhando sem receber salários até a normalização.

Esta é a 15ª paralisação dos EUA desde 1981. A mais longa ocorreu entre 2018 e 2019, durante o primeiro mandato de Donald Trump, e durou 35 dias.

Impactos no Turismo

O setor aéreo dos EUA é um dos primeiros a sentir os efeitos. A Administração Federal de Aviação (FAA) informou que 11 mil funcionários foram dispensados, enquanto 13 mil controladores de tráfego aéreo continuarão em serviço sem remuneração. Os Estados Unidos já enfrentam déficit de aproximadamente 3,8 mil controladores, o que pode agravar atrasos em voos. Durante o shutdown de 2019, houve filas prolongadas em aeroportos e redução de tráfego aéreo em Nova York.

Parques nacionais, museus e zoológicos federais dos EUA também podem ser fechados ou ter serviços limitados. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, estão entre os pontos turísticos que devem interromper visitas.

Outros serviços afetados

Serviços como aposentadorias, benefícios de invalidez e programas de saúde devem continuar funcionando. O Serviço Postal não será interrompido, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar poderão seguir operando enquanto houver recursos disponíveis.

Tribunais federais e a Receita Federal podem reduzir atividades se a paralisação se prolongar. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis deve ser afastada, enquanto cerca de 2 milhões de militares permanecem em seus postos.

Contratos firmados antes do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Defesa poderá requisitar suprimentos para manter a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de indicadores econômicos e limitar empréstimos e serviços a pequenas empresas.

Conflito político

O impasse gira em torno do financiamento da saúde. Democratas afirmam que só aprovarão o orçamento caso programas de assistência médica próximos de expirar sejam renovados. Republicanos, alinhados a Trump, defendem que orçamento e saúde devem ser tratados separadamente.

“Isso não faz nada, absolutamente nada para resolver a maior crise de saúde da América”, declarou Chuck Schumer, líder democrata no Senado, ao pedir que colegas rejeitem o projeto de orçamento.

“A determinação da extrema esquerda de se opor a tudo o que o presidente Trump disse ou fez não é um bom motivo para submeter o povo americano à dor de uma paralisação do governo”, pontua John Thune, senador republicano.

LEIA MAIS NOTÍCIAS

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, 
necessariamente, a opinião deste jornal

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

MAIS LIDAS

NEWSLETTER

    AGENDA

    REDES SOCIAIS

    PARCEIROS