A Ilha do Combu, um dos destinos turísticos mais emblemáticos de Belém (PA), acaba de entrar na era do 5G. Nesta sexta-feira (3), foi inaugurada oficialmente a primeira torre de conectividade da ilha, resultado de uma parceria entre as operadoras de telefonia móvel, o Ministério das Comunicações (MCom) e o Ministério do Turismo (MTur), com coordenação da IHS Brasil.
A iniciativa faz parte do legado de infraestrutura tecnológica da COP30, que será realizada em Belém em novembro de 2025 e deve reunir mais de 40 mil participantes entre autoridades, jornalistas e visitantes de todo o mundo. O projeto prevê a instalação de 15 novas antenas 5G em pontos estratégicos da capital paraense, das quais 14 permanecerão como legado permanente após o evento.
Além de preparar a cidade para receber uma das conferências ambientais mais importantes do planeta, o investimento tem o objetivo de democratizar o acesso à internet de alta velocidade — beneficiando comunidades locais, o turismo regional e a economia da Amazônia.
Conectividade como ferramenta de transformação
A secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, ressaltou que a nova estrutura traz benefícios que vão muito além da COP30.
“A conectividade é hoje uma das bases para o desenvolvimento do turismo e da inclusão social. A COP30 será realizada com a melhor infraestrutura, mas o grande legado é para quem vive aqui. Estamos falando de mais oportunidades para os empreendedores do turismo e de melhores condições de vida e acesso a serviços para a população da Amazônia”, afirmou.
A Ilha do Combu, que abriga cerca de 600 famílias ribeirinhas e recebe milhares de visitantes ao longo do ano, é uma das principais vitrines turísticas de Belém — famosa por seus restaurantes à beira do rio, trilhas e experiências gastronômicas com ingredientes amazônicos. Com a chegada da tecnologia 5G, a expectativa é de fortalecimento do turismo sustentável, com melhorias na divulgação digital de produtos e serviços locais, além de maior segurança para turistas e moradores.
Legado tecnológico da COP30
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou que o projeto reforça o papel da COP30 como catalisador de modernização.
“A instalação dessas 15 antenas 5G em Belém é um marco para a conectividade do Brasil. Além de garantir que um dos maiores eventos globais de sustentabilidade e clima conte com a melhor infraestrutura tecnológica, estamos deixando um legado permanente para a cidade e para a população paraense, que passará a contar com mais inclusão digital, inovação e oportunidades de desenvolvimento”, afirmou.
Expansão estratégica e impacto direto
O projeto, financiado pela iniciativa privada, abrange locais de grande relevância turística e operacional. Entre os pontos contemplados estão o Parque da Cidade, sede da COP30; o Mercado Ver-o-Peso; a Estação das Docas; o aeroporto internacional de Belém; e o Mangueirão, palco de grandes eventos esportivos e culturais.
Com isso, Belém se consolida como um modelo de cidade conectada e sustentável, onde o investimento tecnológico se alinha ao fortalecimento do turismo e à melhoria da qualidade de vida da população.