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Kamilla Alves
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Airbnb movimenta quase R$ 100 bilhões na economia brasileira, segundo estudo da FGV

Atividade sustentou mais de 627 mil empregos e gerou R$ 8 bilhões em tributos diretos em 2024

A locação de imóveis por temporada movimentou R$ 99,8 bilhões na economia brasileira em 2024, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) encomendado pelo Airbnb. O estudo revela que a atividade sustentou 627,6 mil postos de trabalho, gerou R$ 8 bilhões em tributos diretos e adicionou R$ 55,8 bilhões ao PIB nacional, evidenciando o peso do turismo de curta duração no desenvolvimento econômico do país.

Para Fiamma Zarife, diretora-geral do Airbnb para a América do Sul, os resultados confirmam o impacto positivo da economia colaborativa nas cidades brasileiras. “Quando uma reserva acontece, a economia do entorno também se move. É renda para famílias, vitalidade para destinos que querem receber mais e melhor e benefício para a economia local”, destacou.

De acordo com a FGV, cada R$ 10 gastos em hospedagem geram outros R$ 52 em diferentes setores da economia, como serviços (57,9%) e comércio (24,8%). O levantamento indica que, apenas em 2024, o aluguel por temporada ajudou a gerar R$ 28,3 bilhões em renda adicional, especialmente para pequenos negócios locais e profissionais autônomos.

O estudo também demonstra que o Airbnb democratiza o turismo, ampliando a oferta de hospedagem no país. Em dez anos, o número de anúncios ativos saltou de 23 mil para 500 mil, enquanto a renda média dos anfitriões alcançou R$ 1.500 por mês por imóvel.

Impacto regional e arrecadação tributária

A análise da FGV confirma que o Airbnb contribui para descentralizar o turismo, levando desenvolvimento a regiões fora dos grandes polos. O Sudeste lidera o impacto econômico (R$ 54,9 bilhões), seguido pelo Sul (R$ 22,1 bilhões), Nordeste (R$ 16,9 bilhões), Centro-Oeste (R$ 4,7 bilhões) e Norte (R$ 1,2 bilhão).

Entre as capitais, Rio de Janeiro registrou R$ 9,9 bilhões movimentados e 61,6 mil empregos gerados, enquanto Belém movimentou R$ 300 milhões, resultado que reflete o aquecimento do turismo na preparação para a COP30.

Segundo Luiz Gustavo Barbosa, gerente executivo da FGV Projetos, o estudo utilizou metodologia de insumo-produto para rastrear os efeitos econômicos diretos e indiretos. “Os tributos diretos associados às estadias ajudam a financiar serviços públicos nas cidades”, explicou.

Em 2024, o estado de São Paulo concentrou R$ 2,5 bilhões da arrecadação total, seguido por Rio de Janeiro (R$ 1,5 bilhão) e Florianópolis (R$ 389,8 milhões).

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