Nos últimos meses, o turismo brasileiro tem enfrentado uma das crises mais tristes e revoltantes da sua história recente. A derrocada da ViagensPromo deixou marcas profundas em centenas de agências e profissionais que, de uma hora para outra, viram seu trabalho, sua credibilidade e suas economias desaparecerem.
E então, após semanas de silêncio, surge o fundador da empresa, Renato Kido, com um discurso que só posso definir como covarde.
Um pronunciamento frio, autopromocional, completamente desconectado da realidade e do sofrimento causado. Nenhuma proposta concreta, nenhuma medida de reparação, nenhum gesto verdadeiro de responsabilidade.
Enquanto ele falava sobre “recomeços” e “reconstrução”, milhares de agentes ainda tentavam lidar com passageiros sem voo, fornecedores sem pagamento e boletos vencendo. A verdade é que muitos tiveram que usar o próprio dinheiro para não abandonar seus clientes. Outros não resistiram ao peso da perda, e o desespero chegou a um ponto que palavras não conseguem descrever.
E onde está Renato Kido agora? Ninguém sabe.
A sede da empresa está fechada. Os escritórios, também. Nenhuma resposta, nenhuma transparência, nenhuma esperança real de reparo, nem financeiro, nem emocional.
O mais triste é ver que, mesmo depois de tudo, ainda há quem tente transformar um discurso vazio em ato de coragem.
Mas coragem, nesse caso, seria olhar nos olhos de quem confiou, de quem trabalhou, de quem acreditou, e assumir o estrago que foi causado.
Na Protur, seguimos firmes, cobrando o que é justo: verdade, transparência e justiça.
Não para reabrir feridas, mas para impedir que o setor repita os mesmos erros e para garantir que os agentes de viagens, que são o coração pulsante do turismo, nunca mais sejam tratados com tamanho descaso.
O turismo brasileiro merece respeito.
E nós, da Protur, estaremos sempre aqui para lembrar disso.