Após duas décadas de obras e sucessivos adiamentos, o Egito inaugura neste sábado (1º) o Grand Egyptian Museum (Grande Museu Egípcio), localizado ao lado das pirâmides de Gizé, nos arredores do Cairo. Com investimento estimado em US$ 1 bilhão, o espaço será o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização, reunindo mais de 50 mil peças que contam a trajetória do Egito Antigo, desde os primeiros faraós até o período romano.
O megaprojeto é uma das principais apostas do governo egípcio para fortalecer o turismo, setor vital para a economia do país. Iniciado em 2005, o museu enfrentou paralisações durante a Primavera Árabe de 2011 e novos atrasos provocados pela pandemia e por tensões no Oriente Médio.
Projetado pelo escritório irlandês Heneghan Peng Architects, o edifício triangular foi concebido para harmonizar visualmente com as pirâmides vizinhas. Na entrada, destaca-se a estátua de Ramessés II, de 11 metros de altura e mais de três mil anos de história. No interior, uma escadaria monumental de seis andares conduz às principais galerias e a um mirante com vista panorâmica para as pirâmides. O museu também conta com um museu infantil, áreas comerciais, auditórios e um moderno centro de conservação.
Entre os destaques da inauguração estão as duas salas dedicadas ao faraó Tutancâmon, que exibem, pela primeira vez, todos os 5 mil artefatos encontrados em sua tumba, incluindo o sarcófago dourado e a icônica máscara mortuária de ouro e lápis-lazúli. Outro símbolo do acervo é o barco solar de Quéops, de 43 metros, transportado em 2021 para o local.
O governo egípcio espera receber de 15 mil a 20 mil visitantes por dia e prevê dobrar o número de turistas no país até 2032. O entorno do museu passou por uma ampla reestruturação urbana, com novas vias, uma estação de metrô e a abertura do Aeroporto Internacional Esfinge, a cerca de 40 minutos de distância.




