Dia 12 de novembro, das 9h30 às 11h30, pela plataforma Zoom, a Skål Internacional São Paulo realizará o encontro temático “Web3.0, Blockchain e Tokenização de Ativos”, colocando no centro da pauta um movimento tecnológico que começa a reconfigurar a competitividade no turismo. Em linguagem direta, os especialistas explicaram que Web3 é a evolução da internet com propriedade digital do usuário; blockchain é o “livro-razão” imutável que registra transações com transparência; e tokenização é o ato de transformar ativos (de um quarto de hotel a milhas, ingressos ou seguros) em tokens negociáveis, com liquidação quase instantânea e custos operacionais menores. Inscreva-se no site para participar da imersão.
Para meios de transporte, a tokenização habilita emissão de bilhetes-token com regras embutidas (smart contracts): reemissão, proteção contra fraude, revenda autorizada e settlement automatizado entre companhias aéreas, rodoviárias, ferrovias e intermediários — reduzindo chargebacks e erros de conciliação.
Na hotelaria, surgem reservas tokenizadas, programas de fidelidade on-chain e vouchers com validade dinâmica, integrados ao revenue management (RM). O ganho vai de custos menores de distribuição (menos fricção e taxas) a novas receitas com upsell e revenda controlada de diárias não utilizadas.
Para serviços emissivos e receptivos, o desenho de contratos digitais entre DMCs, OTAs e fornecedores acelera o fluxo de caixa e dá lastro a seguros, locações, passeios e experiências, com governança de dados e auditoria em tempo real.
No pagamento, a tendência mais palpável para o trade é a aceitação de moedas digitais estáveis e carteiras digitais já acopladas a cartões de crédito — experiência familiar na ponta do consumidor, mas liquidação mais rápida e rastreável na retaguarda. Operadores relatam redução de tempos de recebimento, opções de câmbio mais eficientes e novas lógicas de parcelamento internacional.
O recado do encontro: quem se adiantar em Web3 não vende só um quarto ou um assento; vende utilidades programáveis com menor atrito, menos custo de aquisição e mais margens.
Além da eficiência operacional, a tokenização também abre novas portas de funding: resorts, operadoras e startups de turismo já testam como captar recursos de forma fracionada, transparente e global, conectando investidores diretamente a projetos turísticos.
O desafio imediato é governança (jurídica, fiscal, LGPD), integração com ERPs e capacitação das equipes. Oportunidade, porém, já está posta: tokens de experiência, fidelidade interoperável, bilhetagem inteligente e pagamentos digitais prontos para escalar. Para o turismo paulista — e brasileiro — é a chance de transformar eficiência em reputação e reputação em negócios recorrentes.

