Belém (PA) se transformou, no último sábado (1º), no epicentro mundial da sustentabilidade, da cultura e do turismo de eventos com a realização do Global Citizen: Amazônia, o primeiro festival internacional dedicado à Floresta Amazônica. O evento reuniu mais de 50 mil pessoas no Estádio Olímpico do Pará – Mangueirão, em um espetáculo que uniu música, conscientização ambiental e valorização dos povos da floresta.
A programação contou com artistas de renome mundial, como Chris Martin (Coldplay), Charlie Puth, Anitta, Gilberto Gil, Seu Jorge, Gaby Amarantos e Viviane Batidão, em apresentações que exaltaram a riqueza cultural e a importância ecológica da Amazônia. Mais do que um show, o festival marcou um passo simbólico na preparação da capital para a COP30, que será realizada em Belém entre 10 e 21 de novembro de 2025.
“O Global Citizen: Amazônia mostra para o mundo o que o Brasil tem de mais valioso: a união entre natureza, cultura e gente. É um exemplo do poder transformador do turismo de eventos, que movimenta a economia, gera empregos e projeta a imagem da Amazônia como destino sustentável e criativo”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino, presente no evento.
Impacto econômico e social
O festival reforçou o papel do turismo de eventos como motor de desenvolvimento regional. De acordo com levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 81% dos moradores de Belém acreditam que a COP30 trará benefícios econômicos diretos e 86% apontam impactos positivos para o turismo local.
Os setores mais beneficiados, segundo o estudo, são o turismo, hotelaria e gastronomia (70%), seguidos de comércio e varejo (33%), infraestrutura (11%) e cultura e economia criativa (9%). Esses números confirmam o potencial do turismo sustentável como vetor econômico essencial, fortalecendo o empreendedorismo local e a geração de empregos diretos e indiretos.
“O turismo de eventos deixa um legado que vai muito além do palco. Ele movimenta a economia, inspira consciência ambiental e projeta a Amazônia como destino de inovação e esperança para o mundo”, completou o ministro Celso Sabino.
Sustentabilidade e protagonismo amazônico
Mais do que entretenimento, o Global Citizen: Amazônia foi um tributo à força dos povos da floresta e ao compromisso do Brasil com a preservação ambiental. Durante o evento, projetos sustentáveis foram apresentados ao público, como o de meliponicultura comunitária desenvolvido por ribeirinhos do Amazonas, que alia geração de renda e conservação ambiental.
“A nossa missão é garantir uma renda sustentável para os ribeirinhos do Amazonas, para que eles possam viver da floresta, e não contra ela. O trabalho valoriza a meliponicultura, o cultivo das abelhas sem ferrão, como uma alternativa de renda e de preservação ambiental”, explicou o engenheiro florestal Joaquim, responsável pela iniciativa.
O projeto reflete a essência da bioeconomia amazônica, integrando conhecimento tradicional, inovação e responsabilidade ambiental — pilares também defendidos pelo Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024–2027, que prioriza o fortalecimento de destinos de base comunitária e práticas sustentáveis no setor.
Legado e projeção internacional
A poucos dias da COP30, o Global Citizen colocou Belém como polo global de turismo sustentável e de eventos culturais de grande porte. Com o Mangueirão modernizado e investimentos federais em infraestrutura turística, portuária e aeroportuária, a capital paraense se posiciona como porta de entrada da Amazônia para o mundo.
“A COP30 será uma vitrine para o mundo conhecer a Amazônia e o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável. Cada evento como o Global Citizen mostra que Belém está pronta para receber o planeta com alegria, estrutura e consciência ambiental”, afirmou Celso Sabino.
O festival encerrou-se como um manifesto em defesa da floresta e de seus povos, unindo arte, propósito e futuro. Em um cenário em que preservar é desenvolver, a Amazônia surge como símbolo global de um turismo que respeita o meio ambiente, valoriza a cultura e transforma realidades.
Nas palavras do ministro, o recado é claro: “A Amazônia é o coração do planeta, e seus povos são guardiões desse patrimônio. O turismo sustentável é uma ferramenta poderosa para gerar renda e proteger a floresta, valorizando quem vive e cuida dela todos os dias.”

