São Paulo (SP) – “Onde o espiritual encontra a terra”. Esse é o significado do termo tupi-guarani que compõe o nome do projeto Marangatú Luxury Hotel, empreendimento de luxo que será construído em Serra Grande (BA), na região entre Ilhéus e Itacaré. Com investimento estimado em R$ 120 milhões e VGV de R$ 300 milhões, o projeto tem entrega prevista em duas fases: o beach club e restaurante em 2026, e o hotel até o fim de 2027.
Como relatou Radyr Papini, CEO da Conduru Incorporação, no evento de anúncio realizado nesta quarta-feira (05) no Wyndham São Paulo Ibirapuera, o conceito nasceu em 2021, durante uma visita à região. “Eu fiquei encantado com Serra Grande. É um lugar que parece ter parado no tempo, com a vida local pulsando em torno da praça e das tradições”, conta.
“Queria fazer algo que preservasse essa essência, sem promover gentrificação, integrando a comunidade e a cultura locais”, explica. “Queremos criar um espaço de reconexão com a natureza, com a alma e com a família. Um lugar para viver experiências que recarregam”, complementa.
Infraestrutura e diferenciais
O Marangatú Luxury Hotel ocupará uma área de três hectares e terá 76 unidades residenciais em diferentes configurações, variando de 33 a mais de 150 metros quadrados, projetadas para atender casais e famílias. O modelo de copropriedade permitirá aos proprietários usufruírem de suas unidades pelo tempo desejado e, quando não utilizadas, inseri-las no pool hoteleiro, gerando renda sob a bandeira Royal Tulip e administração Trul Hotéis ou possibilidade de intercâmbio por meio da RCI.
O projeto foi desenvolvido com foco em sustentabilidade e baixo impacto ambiental. “Estamos dentro de uma área de proteção ambiental e quisemos respeitar o território. Das árvores do terreno, apenas 19% serão removidas, e as unidades estão sendo encaixadas entre a vegetação existente”, explica Papini.
O empreendimento será carbono neutro, com energia 100% verde, reuso integral da água da chuva e tratamento de efluentes por sistema natural. “Será o primeiro hotel com certificação LEED Zero, com emissão zero de carbono, consumo zero de água potável e manejo de resíduos sem poluição”, detalha o executivo.
Além do compromisso ambiental, Papini destacou o impacto social local. “Serão 120 empregos diretos e cerca de 370 indiretos, priorizando a mão de obra da comunidade. Também apoiamos a tradicional Festa da Jangada e incentivaremos a produção local de alimentos e artesanato”, diz.
Projeto, gestão e representação
O projeto arquitetônico é assinado por Greg Bousquet, CEO e fundador da Architects Office (IAO). O arquiteto reforça que o conceito se apoia no respeito à paisagem natural. “A natureza é o melhor paisagista. A arquitetura deve se inserir com humildade, entre as árvores, sem destruir o que existe. Usaremos madeira engenheirada, único material construtivo com balanço positivo de carbono, e caminhos leves dentro da floresta”, explica.
A operação hoteleira ficará sob gestão da Trul Hotéis, representada no evento por Luciano Carvalho, diretor comercial. “Nosso desafio será materializar esse conceito de sofisticação tranquila, com uma experiência de bem-estar e contato com a natureza. O modelo de copropriedade é sustentável, pois reduz a ociosidade e garante exclusividade ao empreendimento”, afirma.
O ator Luiz Fernando Guimarães, que será embaixador e primeiro coproprietário do Marangatú, também participou da apresentação. “A Bahia tem esse poder de te abraçar. Quando conheci o projeto, senti uma conexão imediata. É um luxo diferente, o luxo de estar em paz”, declara a celebridade.
Guimarães destacou ainda o alinhamento entre o empreendimento e sua relação com o estado. “A Bahia sempre foi um refúgio para mim. Esse projeto fala de amizade, natureza e respeito. Agora, vai ser também o meu segundo refúgio”, conclui.