O Ministério de Portos e Aeroportos participou, nesta terça-feira (18), do painel Da Visão à Ação: Alavancando a Infraestrutura Resiliente a Desastres, realizado durante a COP30, em Belém. O encontro buscou mostrar que investimentos estruturados em infraestrutura resiliente podem acelerar estratégias nacionais de adaptação, proteger populações vulneráveis e garantir maior segurança logística no país. Representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério dos Transportes e da ANTT também integraram a discussão.
Tomé Franca, ministro em exercício de Portos e Aeroportos, destacou que eventos climáticos extremos têm impacto direto na conectividade e na economia. Ele lembrou a paralisação no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, após as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado. “Quando o aeroporto ficou 20 dias submerso, percebemos como o estado parou, como o desastre afetou toda a região parando a movimentação de pessoas, mercadorias e insumos”, afirmou.
Segundo ele, antecipar cenários críticos é essencial para respostas emergenciais mais eficientes. “É importante termos em mente todos os cenários que possam gerar impactos que paralisem essas estruturas para nos anteciparmos e sermos mais ágeis”, completou.
O ministro em exercício reforçou ainda que portos e aeroportos preparados para extremos climáticos mantêm a atividade econômica mesmo diante de crises ambientais. “Quando levamos melhorias na infraestrutura de transporte, levamos em paralelo melhorias sociais, fortalecemos as relações comerciais e mantemos as condições para que a roda da economia permaneça girando”, declarou.
A agenda do MPor na COP30 incluiu também a participação no lançamento do Guia Prático de Seguros e Capitalização para Concessões e PPPs, no espaço Casa do Seguro, organizado pela CNSeg. O material orienta contratantes e contratadas sobre o uso de seguros, especialmente em situações de eventos climáticos extremos. A iniciativa contou com a presença da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base.
Helena Venceslau, diretora de Assuntos Econômicos do Ministério de Portos e Aeroportos, ressaltou a importância do debate sobre o papel dos seguros nas concessões. “O seguro é importante na hora que precisamos usar e ele não funciona”, afirmou, destacando a necessidade de fortalecer a cultura de contratação qualificada. “Não pode ser apenas uma questão de preço, mas da qualidade do serviço que foi disponibilizado”, concluiu.

