O segundo dia da programação dedicada ao turismo na COP30 começou nesta quinta-feira (20) com o painel “Ministério do Turismo, ONU Turismo e BID: Rumo a uma Parceria Global para Fortalecer a Ação Climática no Turismo”. A sessão, conduzida pela ONU Turismo e com participação do ministro do Turismo, Celso Sabino, marcou a abertura do Evento da Agenda de Ação, iniciativa que unifica compromissos internacionais para acelerar soluções climáticas no setor.
Durante sua fala, Sabino destacou a relevância de modelos de turismo sustentável e de base comunitária como motores econômicos capazes de gerar renda e, simultaneamente, promover a conservação ambiental. Como exemplo, mencionou o trabalho da Dona Nena, produtora de chocolate da Ilha do Combu, em Belém (PA), cuja cadeia produtiva é baseada na agricultura familiar e na preservação da floresta.
“Quando falamos de turismo sustentável, falamos de gente e de território. Na Ilha do Combu, por exemplo, a Dona Nena transforma cacau em chocolate amazônico, gerando renda para sua comunidade e mostrando ao mundo que desenvolvimento e preservação caminham juntos”, disse o ministro.
O painel foi mediado por Virginia Fernández-Trapa, coordenadora de Programas de Ação Climática e Circularidade da ONU Turismo, que elogiou a referência à produtora paraense. Ela afirmou que iniciativas como esta reforçam o papel das comunidades na construção de soluções climáticas e adiantou que a entidade planeja visitar a Ilha do Combu dentro de um projeto voltado à agricultura familiar.
Debates sobre transição energética
Na sequência, Celso Sabino integrou o painel “Turismo e Energia Sustentável: Investir em um Futuro Verde”, que reuniu líderes internacionais para discutir caminhos da transição energética no turismo.
Além do ministro brasileiro, participaram Oscar Rueda, diretor de Turismo da CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe), e Heitor Kadri, diretor da ONU Turismo para as Américas.
O encontro debateu mecanismos de financiamento, cooperação internacional e estratégias para reduzir emissões no setor, impulsionando modelos econômicos verdes e inclusivos, com foco especial na Amazônia e nos países em desenvolvimento.



