A Diaspora.Black aderiu à Glasgow Declaration on Climate Action in Tourism, pacto global coordenado pela ONU Turismo e pelo Ministério do Turismo (MTur), durante sessão realizada em 20 de novembro na COP. A startup integra o grupo de organizações brasileiras selecionadas para o compromisso, que orienta ações climáticas no setor e estabelece metas de redução de emissões e regeneração ambiental.
Para Carlos Humberto, CEO e fundador da Diaspora.Black, a adesão marca um avanço na estratégia institucional. “Assinar a Glasgow Declaration na COP é reafirmar o nosso compromisso com o futuro do turismo e com a responsabilidade que temos como empresa negra, inovadora e conectada a territórios que guardam a história do Brasil. O setor precisa ser parte da solução climática, e isso só é possível quando colocamos as pessoas no centro, fortalecemos comunidades e construímos modelos de negócio que unam sustentabilidade, diversidade e impacto real. Esse é o caminho que escolhemos trilhar e que vai orientar as próximas décadas da Diaspora.Black”, afirma.
A cerimônia reuniu Ana Carla Machado Lopes, secretária-executiva e vice-ministra do Turismo, Virginia Fernández-Trapa, coordenadora de Programas de Ação Climática e Circularidade da ONU Turismo, e Heitor Kadri, diretor do Escritório Regional da ONU Turismo para as Américas, além de Jaqueline Gil, CEO da Amplia Mundo.
As autoridades destacaram a urgência da transição climática no turismo e o papel de iniciativas que atuam na redução de desigualdades, citando a Diaspora.Black como agente relevante na articulação entre clima, inclusão e desenvolvimento territorial.
A Glasgow Declaration estabelece compromissos como medir e reduzir emissões, desenvolver um Plano de Ação Climática em até 12 meses, promover educação climática, investir em regeneração ambiental e colaborar com parceiros públicos e privados para consolidar uma transição efetiva no turismo. As metas seguem a diretriz internacional de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
A entrada da Diaspora.Black no Glasgow Declaration tem impacto direto na sua estratégia, especialmente por sua atuação no afroturismo, na hospitalidade antirracista e na conexão entre viajantes, territórios tradicionais e empreendedores negros. A empresa reforça que justiça climática e justiça racial são interdependentes e que comunidades negras, detentoras de saberes ancestrais e práticas sustentáveis, devem integrar o centro das soluções climáticas.
O afroturismo, eixo da atuação da Diaspora.Black, contribui para preservar territórios de matriz africana, fortalecer economias locais, ampliar respostas a eventos climáticos extremos e promover experiências culturais de baixo impacto. Ao integrar essa abordagem à agenda climática, a startup busca um modelo de turismo baseado em impacto social, regeneração ambiental e desenvolvimento econômico inclusivo.



