O seguro-viagem deixou de ser um item opcional e passou a ocupar posição de destaque no planejamento dos brasileiros. Entre janeiro e abril de 2025, a contratação do serviço registrou alta de 14%, segundo dados da IRB+Inteligência. O avanço segue o ritmo do turismo: apenas em julho, 11,6 milhões de passageiros viajaram em voos nacionais e internacionais, de acordo com a Anac, consolidando um recorde histórico e impulsionando a procura por proteção diante de possíveis imprevistos. A mudança de comportamento evidencia que os viajantes passaram a enxergar o seguro como investimento em segurança e estabilidade financeira — e não como custo adicional.
Até mesmo viagens curtas ou domésticas têm estimulado a contratação do serviço, que previne prejuízos e garante tranquilidade diante de emergências médicas, cancelamentos e extravio de bagagem. Para Vinicius Agostineto Semensato, analista de Negócios da Sicoob Coopmil, o movimento reflete tanto o crescimento das viagens quanto uma nova postura do consumidor. “As pessoas estão mais conscientes dos riscos e dos custos de um imprevisto, especialmente fora do país. Além disso, o mercado evoluiu e oferece produtos mais flexíveis e acessíveis, alinhados ao novo perfil do viajante”, explica.
Nas cooperativas de crédito, o seguro-viagem tem ganhado relevância pela combinação de preços competitivos, atendimento direto e orientação personalizada. “Os cooperados encontram facilidade na contratação e coberturas adaptadas às suas necessidades. Em muitos casos, o custo-benefício é superior ao do mercado tradicional, sem perder em abrangência ou qualidade”, afirma Semensato. Com a alta da demanda, o setor também tem sido pressionado a inovar, exigindo processos mais simples, atendimento ágil e produtos ajustados a perfis variados, que vão de famílias e estudantes a executivos e turistas da terceira idade.
O especialista reforça que, neste fim de ano, cresce a procura por coberturas completas, incluindo assistência médica, cancelamento de viagem, extravio de bagagem e suporte 24/7. Antes de contratar, recomenda-se atenção às coberturas, limites, exclusões e validade da apólice. Segundo Semensato, esse cuidado deve integrar o planejamento do viajante: “O seguro-viagem deve ser encarado como prevenção e tranquilidade. Ele garante segurança, economia e conforto — três coisas que todo viajante quer levar na mala”, conclui.

