O Reino Unido anunciou que implementará integralmente, a partir de 25 de fevereiro de 2026, a Autorização Eletrônica de Viagem, documento que será obrigatório para todos os visitantes isentos de visto. A decisão encerra o período de transição iniciado em 2023 e estabelece a verificação digital como passo indispensável para a entrada no país.
Além dos turistas, a exigência também valerá para viajantes a negócios e passageiros em conexão que precisem passar pelo controle de passaportes.
Segundo o governo britânico, mais de 13,3 milhões de visitantes já solicitaram a Autorização Eletrônica de Viagem desde seu lançamento. Mike Tapp, ministro da Migração e Cidadania do Reino Unido, afirmou que o sistema reforça a segurança. “A ETA dá às autoridades maior poder para impedir que aqueles que representam uma ameaça entrem no país”, declarou.
Ele acrescenta que a digitalização proporciona uma experiência mais previsível para quem viaja. Para o governo, o modelo também oferece dados antecipados sobre fluxos migratórios, permitindo organizar com mais eficiência os controles de fronteira.
A partir de 2026, companhias aéreas deverão verificar o status da autorização antes do embarque, impedindo o passageiro de viajar caso o documento não esteja aprovado. O processo segue o modelo aplicado por Estados Unidos e Canadá, que também adotam autorizações digitais prévias. A solicitação custa 16 libras, pode ser feita online ou pelo aplicativo UK ETA e costuma ser aprovada em minutos, embora o governo recomende aguardar até três dias úteis em casos que exigem análise adicional.
A nova regra alcança visitantes de 85 países e territórios, incluindo Brasil, Estados Unidos, Canadá, França, Japão, Coreia do Sul, Espanha e Portugal. Para brasileiros, a exigência representa uma mudança relevante, pois torna obrigatória a obtenção prévia de autorização mesmo para estadias curtas.
Com a implementação total do programa, o Reino Unido busca aprimorar seu sistema de imigração, padronizar procedimentos e ampliar a segurança jurídica tanto para autoridades quanto para viajantes. A expectativa é que a medida traga mais previsibilidade, reduza riscos operacionais e garanta maior controle sobre entradas e saídas. Uma consulta pública sobre diretrizes complementares permanece aberta até fevereiro de 2026, reunindo contribuições de entidades de turismo e autoridades locais.

