O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 4,64 bilhões para obras de ampliação, modernização e manutenção em 11 aeroportos administrados pela Aena Brasil, entre eles o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). A operação foi estruturada no modelo project finance non-recourse, em que o pagamento é realizado com as receitas do próprio projeto.
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, afirma que o financiamento reforça a política federal de qualificação da infraestrutura aeroportuária. “O apoio aprovado pelo BNDES demonstra a determinação do presidente Lula e do Ministério de Portos e Aeroportos em modernizar nossos aeroportos, ampliar capacidade e garantir mais conforto e segurança aos passageiros”, declara. Ele acrescenta que os investimentos também têm impacto na aviação regional, no turismo e na geração de empregos.
O pacote financeiro inclui R$ 4,24 bilhões em debêntures e R$ 400 milhões via linha Finem. Com a oferta pública de debêntures coordenada pelo BNDES e Banco Santander, o aporte total chega a R$ 5,3 bilhões, enquanto o financiamento global para a Aena Brasil soma R$ 5,7 bilhões.
Os recursos contemplam os aeroportos de Congonhas (SP), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG).
Obras seguem até 2028
A iniciativa possibilitará a execução da Fase I-B dos contratos de concessão, que reúne investimentos em ampliação de capacidade, adequações estruturais e modernizações operacionais. As obras têm conclusão prevista para:
junho de 2028, no Aeroporto de Congonhas
junho de 2026, nos demais terminais
A estimativa é de 2 mil empregos diretos e indiretos na fase de implantação e 700 postos permanentes após a conclusão.
Em Congonhas, que receberá cerca de R$ 3,3 bilhões, está prevista a expansão do terminal de passageiros de 61 mil m² para 134 mil m², instalação de sete novas pontes de embarque, reformulação do embarque remoto e ampliação das áreas comerciais para 43 mil m².
Crescimento da demanda
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destaca que os aportes acompanham o aumento da movimentação aérea. Em 2024, os 11 aeroportos administrados pela Aena registraram 27,5 milhões de passageiros, equivalente a 12,8% do total no Brasil e 3% acima do nível pré-pandemia.
Segundo o BNDES, o desenho financeiro permitirá à Aena refinanciar sua dívida após as obras em condições mais competitivas, reduzindo custos e mitigando risco de rolagem. A operação recebeu rating AAA.br da Moody’s Local Brasil.
A Aena administra também outros seis aeroportos no Nordeste, que já haviam recebido apoio do banco em financiamentos anteriores.







