BRL - Moeda brasileira
EUR
6,21
USD
5,32
Kamilla Alves
Kamilla Alves
Gestora Web - E-mail: milla@brasilturis.com.br

Trade discute desafios do turismo nacional e papel das operadoras no Summit Visit Travel Show

Operadoras destacam força do Nordeste, oferta de assentos e necessidade de união no Summit Visit Travel Show

Ipojuca (PE) – O painel “Cenário do Turismo Nacional”, realizado durante o Summit Visit Travel Show, reuniu representantes de algumas das principais operadoras do País para discutir desempenho, desafios e perspectivas do setor. No palco, Rodrigo Galvão (CVC), Giulliana Mesquita (Azul Viagens), Dani Meirelles (FRT) e Felipe Cuadrado (Abreu) traçaram um panorama em que o Nordeste aparece como protagonista nas vendas de lazer, com destaque para Pernambuco e Porto de Galinhas, ao mesmo tempo em que reforçaram a importância de equilíbrio entre canais, disponibilidade de assentos e políticas públicas consistentes. “Turismo é coisa séria, que gera emprego e distribui renda”, resumiu Galvão, ao defender maior prioridade orçamentária para o setor.

Do lado da CVC, Rodrigo Galvão ressaltou o papel do modelo omnicanal e a relevância estratégica de Pernambuco dentro do portfólio da empresa. Ele lembrou que a operadora tem reforçado o atendimento integrado entre lojas físicas, agências parceiras e canais digitais, sem perder o foco na segurança da viagem e na reputação junto ao consumidor.

“Porto de Galinhas é a casa da CVC e a gente só se tornou o que é por ter destinos parceiros como vocês”, afirmou. Segundo ele, a performance recente confirma essa preferência. “Pernambuco foi o estado que a gente mais vendeu na Black Friday e também em novembro, graças ao trabalho conjunto com o trade e ao esforço de promoção do destino”, completou.

Giulliana Mesquita, da Azul Viagens, enfatizou que o Nordeste segue como carro-chefe da operadora, tanto na malha de voos quanto na oferta de pacotes. “Dos nossos top 10 destinos, nove são Nordeste”, destacou.

Para 2025, a Azul Viagens projeta mais de 2 milhões de assentos dedicados à região, consolidando o lazer como eixo central da estratégia. Ela também agradeceu o apoio do mercado durante o processo de reestruturação da companhia. “A saída do chapter 11 só foi possível porque o trade nos deu a mão. Governo, agências e parceiros estiveram com a gente num ano difícil e mostraram que acreditam na Azul”, disse. A executiva defendeu ainda a divisão de riscos na cadeia. “Quando a operadora assume blocos de assentos, está ajudando a provar que o lazer também é rentável. Distribuir esse risco entre companhia aérea, operadores e hotéis é bom para todo mundo, especialmente para o destino”, avaliou.

Representando a FRT, Dani Meirelles reforçou a aposta da empresa na fidelização de agências e clientes, com foco em condições de pagamento em vez de guerra tarifária. “A nossa linha é trabalhar o parcelamento de forma saudável. Se a gente cede em tudo – preço, comissão e condição – em algum momento a conta não fecha”, pontuou.

Para ela, o crescimento sustentável passa por regras claras e atuação coordenada entre os diversos elos do turismo. “Não vai ser um atirando no outro ou um passando a perna no outro que a gente vai crescer. Dá para crescer de uma forma muito mais unida, focada e profissionalizada”, afirmou, destacando que o Nordeste concentra a maior parte dos destinos mais vendidos da operadora e que Porto de Galinhas foi um dos destaques da Black Friday.

Felipe Cuadrado, da Abreu, chamou atenção para o papel do mercado internacional na ocupação ao longo de todo o ano, sobretudo a partir de Portugal, berço da operadora. ara Cuardrado, o brasileiro ainda disputa espaço com Caribe e outros destinos consolidados no imaginário do viajante europeu e que isso exige presença constante e oferta competitiva. “A gente tem um mercado gigantesco de Portugal que pode consumir Brasil, mas hoje encontra pacotes de sete noites no Caribe mais baratos do que um voo para cá”, comparou.

Nesse contexto, Pernambuco aparece como um dos estados com maior potencial de crescimento. “Porto de Galinhas é prioritário no nosso ranking, mas a gente precisa de tarifa consistente, disponibilidade em alta temporada e continuidade da promoção nos principais mercados emissores”, reforçou. Para ele, a combinação de bloqueios aéreos, campanhas cooperadas e capacitação é essencial para aumentar a fatia de Brasil nas prateleiras internacionais.

LEIA MAIS NOTÍCIAS

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, 
necessariamente, a opinião deste jornal

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

MAIS LIDAS

NEWSLETTER

    AGENDA

    REDES SOCIAIS

    PARCEIROS