O Egito poderá revisar suas tarifas de visto, mas, por ora, nenhuma alteração foi oficialmente aplicada. Embora uma lei presidencial publicada em 30 de novembro autorize a cobrança de um tributo de até US$ 20, o valor exigido para a emissão do visto permanece o mesmo: US$ 25 para a entrada simples, seja na chegada ao país, nas missões diplomáticas ou via sistema eletrônico (e-Visa). A taxa de US$ 60 para o visto de múltiplas entradas também continua vigente.
O texto legal, assinado pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi e válido desde 1º de dezembro, estabelece a possibilidade de impor “um imposto não superior a vinte dólares norte-americanos, ou o equivalente em moedas estrangeiras no exterior, sobre cada visto de entrada ou trânsito emitido pelas autoridades egípcias nos pontos de entrada, bem como sobre cada visto ou ato consular processado pelas embaixadas e consulados da República Árabe do Egito no exterior.” No entanto, até o momento, nenhuma mudança foi observada na prática, segundo relatos de viajantes recentes e discussões em fóruns especializados.
Apesar disso, veículos internacionais chegaram a divulgar que o valor do visto já teria subido para US$ 45, informação que não corresponde à realidade atual. A falta de clareza no texto legal também alimenta a confusão. Embora mencione uma cobrança de “acima de USD 20”, a lei não especifica se esse montante seria somado aos US$ 25 já cobrados, se se trataria de uma taxa adicional aplicada apenas a determinados procedimentos, ou se funcionaria apenas como limite máximo autorizado — sem garantia de implementação imediata.
A discussão sobre um possível reajuste já estava em curso antes mesmo da publicação no diário oficial. Em 2 de novembro, o Parlamento aprovou o projeto enviado pelo Ministério das Relações Exteriores. Poucos dias depois, em 11 de novembro, a Federação Egípcia das Câmaras de Turismo expressou preocupação em carta ao primeiro-ministro Mostafa Madbouly e ao ministro do Turismo e Antiguidades, Sherif Fathy, argumentando que qualquer aumento poderia reduzir a competitividade do país, desestimular visitantes e comprometer a recuperação do setor após anos desafiadores.
Diante da falta de diretrizes oficiais, a recomendação é que viajantes acompanhem comunicados do governo egípcio, consultem representações diplomáticas em caso de dúvidas e busquem fontes confiáveis para obter atualizações sobre possíveis mudanças nas tarifas.

