Os gastos das empresas brasileiras com viagens corporativas alcançaram um novo recorde em outubro, ao somar R$ 14 bilhões. O resultado consta no Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), e representa crescimento de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2024, configurando o maior valor já registrado para outubro desde o início da série histórica, em 2011.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o faturamento do setor atingiu R$ 120,7 bilhões, avanço de 6,6% na comparação anual e novo recorde para o período. Apesar do desempenho expressivo, a projeção para o fechamento de 2025 foi mantida. A estimativa da FecomercioSP aponta crescimento de 6,5%, o melhor resultado desde o início da série.
Segundo Luana Nogueira, diretora-executiva da Alagev, “O estudo reforça a importância estratégica das viagens corporativas para o desenvolvimento dos negócios no Brasil. Mesmo em um cenário de custos mais elevados, as empresas seguem investindo em encontros presenciais, eventos, feiras e deslocamentos como forma de fortalecer relações, gerar oportunidades e impulsionar resultados”.
O cenário é sustentado por uma economia ainda em expansão. De acordo com o IBC-Br, indicador do Banco Central, a atividade econômica apresenta crescimento de 2,5% nos últimos 12 meses, apesar de leve recuo de 0,02% em outubro. Ainda assim, empresas mantêm investimentos em congressos, encontros, feiras e deslocamentos de colaboradores.
No transporte aéreo, outubro registrou recorde de 11,3 milhões de passageiros domésticos e internacionais. A expectativa é encerrar o ano com mais de 120 milhões de pessoas transportadas. Já na hotelaria, dados do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) apontam crescimento da taxa de ocupação, da diária média e do RevPar, indicando demanda consistente, ainda que com custos em elevação.
Para os próximos meses, a expectativa é de manutenção da trajetória positiva. A projeção indica que 2026 poderá registrar novo recorde, com crescimento de 6% e faturamento estimado em R$ 153 bilhões no setor de viagens corporativas.

