Abear pressiona Governo e propõe diálogo permanente sobre QAV

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e companhias aéreas reuniram-se na segunda (11) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Na pauta do encontro estava o debate sobre a MP 1.089/21, conhecida como “MP do Voo Simples”, que desburocratiza e simplifica o ambiente de negócios do setor, e a MP 1.094/21, que trata do Imposto de Renda sobre o leasing de aeronaves, cujo prazo de vigência vai até o dia 1º de junho.

O debate da Abear com o líder da Câmara dos Deputados visa pressionar a votação, aprovação ou extensão das duas MPs, que estão relacionadas aos custos da aviação e tem importância para o cenário de recuperação do setor aéreo no Brasil.

“Apresentamos ao presidente da Câmara um panorama atual do setor aéreo, impactado pelo aumento dos custos estruturais com a guerra na Ucrânia, e ressaltamos a importância das duas MPs para que as empresas aéreas tenham mais condições de garantir uma retomada sustentável, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.

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Além da reunião com Lira, os representantes da Associação se reuniram com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, no mesmo dia.

Durante os encontros, foi proposta a criação de uma mesa de diálogo permanente para buscar soluções para o setor aéreo, que tem sido fortemente pressionado pela disparada do preço do querosene de aviação (QAV). No ano passado, o combustível registrou aumento de 92% em relação a 2020 e, de 1º de janeiro a 1º de abril, o composto acumula alta de cerca de 38%.

“Todas as reuniões tiveram um objetivo comum: o de propor aos ministros a criação de uma mesa de diálogo permanente para que possamos, juntos, encontrar soluções para a superação da crise do setor aéreo, deflagrada em 2020 pela pandemia do novo coronavírus e que ficou mais aguda recentemente com a guerra. Só com interlocução e resiliência poderemos garantir uma recuperação consistente do setor aéreo”, concluiu Sanovicz.