São Paulo (SP) – Embora Barcelona seja uma das marcas mais fortes da Europa, a Catalunha quer mostrar que é muito mais do que sua capital mundialmente famosa. Com paisagens que vão das montanhas nevadas dos Pirineus às praias da Costa Brava e à sofisticação da gastronomia com 72 estrelas Michelin, a região espanhola está investindo em ações de divulgação no Brasil para estimular o turista a explorar toda sua diversidade.

“Nosso trabalho é justamente reposicionar a Catalunha como um destino completo, que vai muito além de Barcelona. O território é pequeno, mas extremamente diverso — com vinícolas, estações de esqui, parques temáticos, vilarejos históricos e praias encantadoras”, explica Rosane Pimentel, executiva de Marketing para a América do Sul do Catalan Tourist Board.

A agência catalã atua como órgão oficial de promoção turística do governo, com escritório sediado em São Paulo e atuação direta em países como Brasil, Argentina, Chile e Colômbia. A missão, segundo Rosane, é clara: atrair mais turistas para além da capital e descentralizar o fluxo de visitantes, distribuindo melhor as visitas ao longo do território e do calendário.

“A alta temporada, principalmente julho, concentra muito fluxo. Estamos incentivando os brasileiros a viajarem em outras épocas, como a primavera e o outono, e a conhecerem novos produtos como o Grand Tour da Catalunha, um roteiro de 13 dias que parte de Barcelona e percorre o interior, a costa e as montanhas da região.”

Um dos destaques da campanha é o Grand Tour da Catalunha – uma viagem completa de carro que explora cinco grandes áreas: Barcelona, Costa Brava, Pirineus, Costa Dourada e interior vinícola. O roteiro pode ser feito de forma segmentada, por região, ou em um percurso completo com duração sugerida de 13 dias.

Entre os destaques estão pueblos charmosos como Cadaqués e Peralada, o Museu Dalí em Figueres, o parque temático PortAventura com o Ferrari Land, o anfiteatro romano de Tarragona, os vinhedos de Priorat e Empordà, e a estação de esqui Baqueira-Beret, preferida da família real espanhola.

“No verão, os Pirineus se transformam num paraíso natural, com trilhas, rafting e ciclismo. Já no inverno, são perfeitos para o esqui. É uma região pouco conhecida dos brasileiros, mas com enorme potencial de encantamento”, destaca Rosane.

A Catalunha foi eleita recentemente Região Mundial da Gastronomia, com 54 restaurantes estrelados e chefs renomados como os irmãos Roca e Ferran Adrià. Entre as experiências promovidas, destacam-se visitas a vinícolas históricas, aulas com ceramistas tradicionais, refeições com produtos locais em vilarejos e até hospedagens em hotéis integrados a vinhedos e igrejas medievais.

“O restaurante Desfrutar, em Barcelona, foi eleito o melhor do mundo. Já o El Bulli, de Ferran Adrià, reabriu como museu gastronômico em Roses. Temos ainda experiências com cerâmica, queijos artesanais, azeites e enoturismo de alto nível — tudo isso a poucas horas de carro entre um ponto e outro.”

Com foco em ampliar o tempo de permanência e diversificar o perfil dos visitantes, a Catalunha aposta também em experiências de luxo e turismo familiar. O PortAventura World, por exemplo, é o maior complexo de parques da Europa e conta com cinco hotéis temáticos e a maior montanha-russa do continente. Já hotéis como o Peralada Wine Spa, o Hotel Camiral com campo de golfe PGA e o hotel MiM, do jogador Messi, reforçam o posicionamento da região no segmento premium.

Embora o maior mercado emissor para a Catalunha siga sendo a França, por conta da proximidade geográfica, o Brasil desponta como um mercado de médio prazo em crescimento constante, com interesse especial pela Costa Brava, experiências culturais, gastronomia e enoturismo.

“O brasileiro geralmente conhece apenas Barcelona, mas tem buscado cada vez mais destinos autênticos e experiências diferentes. Nossa missão é mostrar que a Catalunha tem tudo isso — e muito mais — em um território que pode ser percorrido com facilidade e segurança”, conclui Rosane.

São Paulo (SP) – Com um posicionamento renovado, Washington D.C. quer reforçar sua imagem no mercado brasileiro como muito mais do que a capital política dos Estados Unidos. Apostando em sua diversidade cultural, gastronomia estrelada e atrativos gratuitos, a cidade está ampliando investimentos no Brasil por meio de ações estruturadas junto ao trade, mídia e consumidor final.

“Nós fortalecemos muito nossa presença no último ano. Aumentamos a atuação com imprensa, treinamentos presenciais e online, e também ampliamos nossa parceria com operadoras e companhias aéreas. O objetivo é manter o Brasil entre os mercados estratégicos de Washington”, afirma Flavia Perin, gerente de marketing e relações públicas da Imaginadora, representante oficial do Destination DC no Brasil.

Entre outubro de 2024 e março de 2025, a Imaginadora já capacitou mais de 2.080 agentes de viagens, e a expectativa é ultrapassar os 5 mil agentes treinados no total até o fim do ano fiscal. O trabalho inclui participação em feiras como WTM Latin America e Brand USA Missions, além de ações com operadoras e famtours estratégicos para familiarizar o mercado com as possibilidades do destino.

“Esse número mostra o quanto estamos comprometidos com o trade brasileiro. É um esforço contínuo para manter os profissionais atualizados sobre o que Washington tem a oferecer”, reforça Flavia.

A percepção sobre Washington também está mudando. “O viajante brasileiro começa a entender que a cidade vai muito além dos órgãos públicos e monumentos. São mais de cem museus gratuitos, muitos deles únicos, como a National Gallery of Art, com acesso totalmente livre e acervos de nível mundial”, destaca Flavia.

Outro diferencial está na gastronomia: Washington é hoje a cidade com maior concentração de estrelas Michelin dos Estados Unidos, reflexo da diversidade cultural gerada pela presença de mais de 180 embaixadas. “Essa variedade se traduz também na culinária, com cozinhas do mundo inteiro representadas nos bairros da cidade”, complementa.

A capital americana ainda será palco da World Pride 2025, consolidando sua imagem de destino inclusivo e progressista. Atualmente, 14% da população da cidade se declara LGBTQIA+, o maior percentual entre as grandes cidades dos EUA. “É uma cidade aberta, diversa, segura e que respira cultura”, enfatiza Flavia.

Com 99% da população vivendo a menos de 10 minutos a pé de um espaço verde, Washington também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade. “Há incentivos para que hotéis, restaurantes e atrativos turísticos adotem práticas sustentáveis. É uma cidade onde qualidade de vida e turismo caminham juntos”, afirma.

A cidade é servida por voos diretos da United Airlines e conexões eficientes com a Copa Airlines via Panamá, além de estar estrategicamente localizada a poucas horas de trem de Nova York, o que permite roteiros combinados com outras grandes metrópoles da costa leste.

“Quem visita Washington D.C. costuma se surpreender positivamente. É um destino que encanta pelo inesperado e oferece experiências enriquecedoras, que vão da arte ao teatro, passando pela história americana, pela culinária e pelo contato com a natureza. É ideal para quem já conhece os destinos mais tradicionais e busca algo novo”, conclui Flavia.

São Paulo (SP) – O sul dos EUA quer mais espaço no roteiro dos viajantes brasileiros — e está investindo pesado para isso. A região ganhou destaque ao anunciar sua primeira participação no Guia Michelin, por meio de um acordo com o consórcio Travel South USA, que inclui destinos como Alabama, Mississippi e Louisiana. A novidade coloca cidades sulistas no radar da alta gastronomia global, reforçando a imagem da região como berço da culinária e da música norte-americana.

“Sabemos que temos o melhor da gastronomia dos Estados Unidos. Agora, com a entrada de cidades da nossa região no Guia Michelin, estamos oficializando essa excelência”, conta Kim Moura, representante de Travel South USA no Brasil. “A iniciativa ajuda a posicionar o sul como uma região com experiências únicas e acessíveis, mas também sofisticadas”, complementa.

Muito além da comida, a região sul dos EUA é reconhecida por seu legado musical. Cidades como Nashville, Memphis e New Orleans formam um dos circuitos mais emblemáticos para quem deseja vivenciar a essência da música americana, com centenas de bares com shows ao vivo e talentos locais que garantem performances inesquecíveis.

“Na Broadway, em Nashville, são mais de 280 bares com música ao vivo. É uma experiência cultural autêntica, onde todos cantam bem e o talento pulsa nas esquinas. É impossível não se emocionar”, destaca Moura.

O sul também carrega consigo fortes tradições ligadas ao bourbon — com o Kentucky como referência máxima — e ao famoso frango frito sulista, elementos que, juntos, constroem a narrativa de um destino saboroso, musical e profundamente ligado às raízes americanas.

Outra aposta da região para atrair brasileiros é o incentivo ao turismo rodoviário com motorhomes, tendência crescente entre viajantes em busca de liberdade e contato com a natureza. “O brasileiro adora a ideia de viajar de motorhome, mas ainda sente insegurança para fazer isso no Brasil. Nos Estados Unidos, ele encontra segurança, estrutura e estradas impecáveis”, pontua Kim.

O sul americano se destaca nesse aspecto, com ausência de pedágios em diversas rotas, o que barateia os custos e amplia a viabilidade da experiência. Além disso, a região conta com estradas cenográficas como a famosa Tail of the Dragon, localizada entre a Carolina do Norte e o Tennessee, considerada uma das rotas mais bonitas do país.

“O sul dos EUA foi feito para ser explorado de carro. E com o motorhome, a experiência se torna ainda mais imersiva. Além disso, a estrutura é pensada para esse tipo de turismo, com campings, serviços e atrações acessíveis pelo caminho”, diz Kim.

O calendário de eventos também promete dar visibilidade à região. Cidades como Atlanta (Geórgia) e Kansas City (Missouri) estão confirmadas como sedes da Copa do Mundo FIFA de 2026, ampliando o fluxo turístico e colocando o sul ainda mais em evidência.

“Estamos aproveitando essa movimentação para incentivar os viajantes a explorarem cidades vizinhas, como Baton Rouge, que tem investido em infraestrutura para atrair quem cruza os estados com motorhome”, explica.

São Paulo (SP) – O turismo suíço vive um de seus melhores momentos no mercado brasileiro. Segundo Natália Leal, gerente de Marketing do Switzerland Tourism no Brasil, o país registrou em 2024 o maior crescimento já observado desde que o escritório foi inaugurado por aqui: um aumento de 21% no número de pernoites de brasileiros, totalizando mais de 330 mil noites em hotéis suíços ao longo do ano. O número representa uma alta de 40% em relação ao período pré-pandêmico de 2019, consolidando o Brasil como um mercado ativo e em expansão.

“Foi um crescimento histórico. E, embora não sejamos ainda um mercado prioritário como Estados Unidos ou China, o Brasil está muito bem posicionado aos olhos da Suíça. O turista brasileiro é valorizado pela qualidade da experiência que busca e pelo ticket médio elevado”, comenta Natália.

Para 2025, a meta da Suíça não é ampliar massivamente o volume de turistas, mas qualificar o perfil do visitante. A nova diretriz de comunicação segue o conceito Travel Better, que visa promover um turismo mais inteligente, sustentável e personalizado. A ideia é utilizar ferramentas de marketing e inteligência digital para conectar o turista certo ao destino e experiência ideais — respeitando o tempo de permanência, interesses e poder de compra.

Segundo Natália, o brasileiro ainda vê a Suíça, muitas vezes, como um país de passagem em roteiros pela Europa. A média atual de estadia é de três noites, com um gasto médio diário estimado em 240 francos suíços, um dos mais altos entre os mercados emissores internacionais.

“Queremos transformar a Suíça de um ponto de apoio para uma experiência de imersão completa. O país tem oferta para muito mais do que três noites, especialmente fora da alta temporada”, reforça.

Um dos pilares da nova estratégia suíça é a valorização do outono europeu, considerado uma estação subaproveitada em comparação ao verão. Embora o outono tenha três meses de duração, o fluxo turístico é semelhante ao do verão, que se restringe a dois meses. “É uma estação mais longa, com paisagens incríveis, clima ameno e menor fluxo de visitantes. Vemos aí um enorme potencial de crescimento”, explica Natália.

Para impulsionar a estação, o Switzerland Tourism lançou a campanha Grapescape, que convida os turistas brasileiros a descobrirem as vinícolas locais e mergulharem no enoturismo suíço — uma experiência quase exclusiva, já que 99% da produção de vinhos do país é consumida internamente. Entre os destaques, estão uvas como a Chasselas, da região de Lavaux, e o Merlot do cantão do Ticino, que oferecem rótulos que raramente cruzam fronteiras.

O Switzerland Tourism também tem apostado fortemente em tecnologias de marketing e segmentação de personas para refinar sua atuação com o público brasileiro. A proposta é mapear diferentes perfis de viajantes — como os que buscam experiências gastronômicas, trilhas e natureza, cultura ou bem-estar — e oferecer sugestões mais assertivas de roteiros, destinos e temporadas ideais.

Além da atuação direta com o cliente final, o órgão mantém sua presença ativa junto ao trade e à imprensa especializada, com ações de relacionamento, press trips e campanhas de mídia voltadas à valorização da imagem do destino no Brasil.