BRL - Moeda brasileira
EUR
6,31
USD
5,42
Início Site Página 2

Grupo Hibiscus celebra 30 anos, reorganiza marcas e lança programa de fidelidade

0
Vanderlei Turatti, socio-presidente do Grupo Hibiscus. Crédito: Alysson Teixeira
Vanderlei Turatti, socio-presidente do Grupo Hibiscus. Crédito: Alysson Teixeira

O turismo de praia em Alagoas ganha um novo capítulo com o reposicionamento institucional do Grupo Hibiscus, que celebra três décadas de atuação no litoral norte do estado. Ao completar 30 anos, a empresa oficializa a adoção do nome Grupo Hibiscus, apresenta uma nova arquitetura de marcas e lança o Hibiscus Prime Club, programa de fidelidade que inaugura um modelo de relacionamento baseado em experiência, comunidade e pertencimento.

Referência no segmento de turismo de praia, o grupo atende atualmente cerca de 250 mil clientes por ano, gera 300 empregos diretos e outros 450 indiretos, e projeta um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. O novo posicionamento também reflete uma estratégia de fortalecimento da governança e de alinhamento das operações às principais tendências internacionais de hospitalidade e turismo de experiência.

Arquitetura de marcas e pilares estratégicos

O reposicionamento estrutura o Grupo Hibiscus a partir de três pilares estratégicos: Hospedar, Saborear e Viver. A proposta é integrar marcas, produtos e serviços sob uma visão única, elevando os padrões de entrega e oferecendo jornadas mais completas e coerentes para o visitante. A nova arquitetura de marcas busca dar clareza ao portfólio do grupo e reforçar a identidade de cada operação, sem perder a conexão com o território e com a cultura local.

Dentro desse movimento, o tradicional Mar & Cia passa por um processo de rebranding e passa a se chamar Hibiscus Mar & Cia. A mudança preserva o vínculo afetivo construído ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que reforça a conexão estratégica com o grupo e incorpora um posicionamento mais sofisticado. O espaço segue como ponto de encontro da cultura nordestina contemporânea, reunindo gastronomia, música e experiências à beira-mar.

Hibiscus Prime Club e o relacionamento de longo prazo

Um dos principais anúncios dessa nova fase é o lançamento do Hibiscus Prime Club. O programa de fidelidade foi concebido para um público que busca ir além da visita pontual e deseja manter uma relação contínua com o universo Hibiscus. O clube oferece acesso diferenciado, experiências exclusivas, benefícios personalizados e a construção de uma comunidade conectada ao estilo de vida promovido pelo grupo.

A iniciativa acompanha uma tendência global no setor de hospitalidade, em que marcas passam a investir em estratégias de relacionamento de longo prazo, valorizando recorrência, engajamento e pertencimento. O Prime Club surge como ferramenta central para aprofundar o vínculo com o cliente e ampliar o ciclo de vida da experiência.

Investimentos, inovação e sustentabilidade

Durante o evento de apresentação do novo posicionamento, o Grupo Hibiscus também anunciou projetos em desenvolvimento, incluindo ampliação de estruturas e criação de novas áreas de lazer e experiências. Entre os destaques está a nova área de piscinas do Hibiscus Mar & Cia, além de iniciativas voltadas à inovação, à sustentabilidade e à qualificação da experiência turística.

“Chegar aos 30 anos com clareza sobre quem somos e para onde queremos ir é resultado de uma construção coletiva. O Grupo Hibiscus nasce para organizar esse legado, elevar padrões e seguir contribuindo para o fortalecimento do turismo em Alagoas”, afirma Vanderlei Turatti, sócio-presidente do Grupo Hibiscus.

Três décadas que sustentam o novo ciclo

A história que fundamenta esse novo momento começou em 1995, em Barra de Santo Antônio, na Ilha da Crôa, com a criação da Ilha do Sol, em um período em que o turismo local ainda dava seus primeiros passos estruturados. No ano seguinte, a incorporação do Mar & Cia Beach Club ampliou a operação e transformou o espaço em um dos motores turísticos da região, evoluindo de uma estrutura para 60 pessoas para a capacidade de receber até mil visitantes em um único dia.

Em 2013, a inauguração do Hibiscus Beach Club marcou um ponto de inflexão, consolidando o grupo como referência no Nordeste e entre os beach clubs mais desejados do país. Reconhecido pela excelência no atendimento, pela gastronomia autoral e pela integração entre natureza, conforto e experiência, o Hibiscus se tornou símbolo de um modelo de turismo que valoriza o território e a vivência do visitante.

Cibersegurança ganha altitude

0
Cibersegurança

Nos últimos meses, o setor aéreo global tem sido palco de incidentes de cibersegurança que ultrapassam o âmbito técnico e afetam diretamente a experiência de viagem e a confiança do passageiro. Em setembro, por exemplo, um ataque de ransomware direcionado à plataforma de check-in/embarque do fornecedor Collins Aerospace, usada por diversos aeroportos europeus, causou paralisações em hubs como Heathrow Airport (Londres), Brussels Airport (Bruxelas) e Berlin Brandenburg Airport (Berlim). Como resultado, passageiros foram obrigados ao check-in manual, filas cresceram, voos foram atrasados ou cancelados e a infraestrutura digital mostrou-se vulnerável à “falha herdada” de um fornecedor. 

Em outro caso relevante, a Qantas Airways, da Austrália, confirmou que um ataque a um provedor terceirizado expôs dados de até 5,7 milhões de clientes, vazando informações sensíveis como nomes, e-mails, datas de nascimento e números de fidelidade, embora cartões de pagamento e passaportes não tenham sido comprometidos. Em março de 2025, o Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) teve seu site oficial instável/offline por algumas horas em razão de um incidente cibernético. O ataque não comprometeu a operação de voo, mas evidenciou fragilidades de sistemas de interface ao passageiro. 

Esses acontecimentos ilustram duas faces do risco: de um lado, a disponibilidade dos sistemas operacionais (quando check-in, despacho e controle de bagagem são afetados) e, de outro, a confidencialidade e integridade dos dados de passageiros e programas de fidelidade. A interdependência entre operadores, fornecedores e plataformas torna o ranking de exposições mais amplo, já que um fornecedor pode comprometer múltiplas companhias ou aeródromos. 

No entanto, a magnitude desses eventos não se limita a horas de interrupção. O setor teme que essas falhas possam evoluir para cenários em que operações de solo, sistemas de navegação ou manutenção sejam atingidos, gerando impacto real em segurança de voo ou logística crítica. O número global de ataques cibernéticos cresceu 44%, conforme aponta o relatório anual The State of Global Cyber Security 2025, elaborado pela Check Point Research.

Para os agentes de viagens, a crise significa mais do que remarcações: envolve comunicação complicada com clientes, reacomodações e custo de imagem para companhias, com reflexo na escolha de parceiros e na confiança do passageiro. Por isso, entender como está estruturada a abordagem regulatória no Brasil e o que as empresas aéreas brasileiras estão fazendo tornou-se prioridade. 

Nesse pano de fundo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vem organizando um arcabouço normativo e de governança digital para garantir que o setor nacional não fique à mercê de vulnerabilidades globais e que a proteção dos ativos físicos e digitais seja tratada de forma integrada.

A ação segue parâmetros da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) e das políticas nacionais de cibersegurança, com o objetivo de reduzir vulnerabilidades e padronizar respostas. O primeiro passo foi a criação, em 2023, do Comitê de Segurança Cibernética, formalizado pela Portaria nº 11.126, que passou a coordenar notificações de incidentes, harmonizar normas com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e elaborar o Plano Setorial de Gestão de Incidentes Cibernéticos (PSGIC). Esse plano, em desenvolvimento, busca criar uma estrutura unificada de prevenção e resposta a ataques digitais no transporte aéreo.

Na prática, a Anac incorporou a cibersegurança ao Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) e aos Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil (RBAC) nº 107 e 108, que regem operadores de aeroportos e companhias aéreas. Esses regulamentos determinam que cada empresa avalie riscos cibernéticos que possam afetar sistemas críticos de tecnologia da informação e adote medidas compatíveis com o nível de exposição. A mesma diretriz se aplica à aeronavegabilidade, incluindo a proteção de sistemas embarcados e a integridade dos dados operacionais em aeronaves altamente automatizadas.

Para orientar o setor, a agência elaborou uma série de manuais públicos, entre eles o Manual de Conscientização em Segurança Cibernética na Aviação Civil, o Manual de Avaliação de Segurança Cibernética e o Manual de Compartilhamento de Informações. Os documentos explicam conceitos essenciais, como o modelo CIA (sigla para Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade), e trazem instruções práticas para identificar ativos críticos, proteger sistemas, detectar e responder a incidentes e estabelecer fluxos de comunicação em momentos de crise. O conteúdo é inspirado em guias internacionais da Oaci, como o Doc 10213 – ICAO Global Cyber Risk Considerations e o Cybersecurity Culture in Civil Aviation, que orientam os Estados-membros sobre boas práticas e cultura de segurança digital.

Atualmente, a Anac mantém um canal específico para notificação de incidentes, operado pela Equipe de Coordenação Setorial (ETIR Setorial), que recebe relatórios técnicos e classifica os eventos com base no Traffic Light Protocol (TLP) – sistema que define o nível de confidencialidade e de compartilhamento das informações. Embora ainda não exista obrigatoriedade formal de notificação, a agência prepara um projeto normativo que deve tornar o reporte compulsório e padronizado. Além disso, incidentes físicos ou digitais que possam afetar a segurança da aviação também podem ser registrados no Portal Único de Notificações da Anac ou no Sistema DSAC, que concentram registros voluntários e obrigatórios de segurança operacional.

Em 2024, a Anac deu mais um passo com um projeto piloto que avaliou o nível de maturidade digital de três aeroportos e três companhias aéreas, com base no modelo internacional CIS Controls v8. As visitas técnicas analisaram governança, gestão de riscos e controles técnicos, fornecendo um panorama sobre a resiliência digital do setor. A agência concluiu que o Brasil já avança na consolidação de uma cultura de segurança, mas ainda enfrenta quatro desafios principais: fortalecer a conscientização e a prevenção, capacitar continuamente as equipes, proteger dados sensíveis diante do uso crescente de biometria e inteligência artificial e garantir a resiliência das infraestruturas críticas, como aeroportos e sistemas de navegação aérea.

O roteiro de próximos passos inclui ampliar o compartilhamento de informações entre operadores e reguladores, buscar maior harmonia internacional de normas e publicar instrumentos adicionais, como guias técnicos e o plano setorial de incidentes. 

A avaliação da Anac é clara: a cibersegurança deixou de ser um tema restrito à área técnica e passou a ser elemento estratégico da aviação civil. A integridade dos sistemas digitais é, hoje, tão essencial à segurança do voo quanto a manutenção das aeronaves e compreender isso é o primeiro passo para manter o setor brasileiro em sintonia com os padrões internacionais de proteção.

Companhias reforçam escudos

A Azul define a cibersegurança como um pilar central da sua resiliência operacional. Segundo a companhia, sua arquitetura segue o modelo de confiança zero (“Zero Trust”), com validação contínua de equipamentos até infraestrutura em nuvem. Os investimentos atingem múltiplas camadas: tecnicamente, a Azul usa inteligência artificial e dados globais de ameaças para defesa preditiva, incorpora segurança já “no design” de novos sistemas, e emprega criptografia de ponta a ponta para dados sensíveis. 

Administrativamente, a empresa aplica rigoroso controle de acesso com base no princípio do menor privilégio, promove treinamento contínuo para toda equipe e garante que a segurança seja responsabilidade compartilhada. A governança aponta para um plano de resposta a incidentes testado e uma equipe especializada em cibersegurança, proteção de dados e privacidade.

A Latam afirma que suas prioridades em cibersegurança decorrem da avaliação de risco, da proteção de ativos críticos e do cumprimento regulatório, com suporte de consultoria internacional para elevar o nível de maturidade. A companhia mantém um sistema de monitoramento contínuo de segurança da informação (ISCM) que integra processos, tecnologias e controles preventivos e detectivos, com visibilidade em tempo real e aprimoramentos constantes. Além disso, está em processo de certificação ISO 27001. 

Em termos de pessoas, a Latam desenvolve capacitações periódicas em cibersegurança, proteção de dados, privacidade e desenvolvimento seguro, complementadas por comunicações regulares e simulações práticas de phishing e gestão de incidentes. A área de dados dos clientes é tratada com uma estrutura robusta em conformidade com a LGPD e normas internacionais, e a estratégia para programas de fidelidade e transações financeiras se baseia em criptografia, anonimização, monitoramento 24×7 e aderência a PCI DSS e SOX. 

A companhia informa ainda exigir de suas agências e operadoras cumprirem leis de privacidade, melhores práticas de cibersegurança e certificação PCI DSS; e que todos os contratos com parceiros críticos contêm cláusulas obrigatórias de notificação de incidentes.

Apesar de procurada pelo Brasilturis para detalhar suas políticas e práticas em cibersegurança, a Gol não enviou posicionamento até o fechamento desta matéria.

Regent Seven Seas celebra lançamento ao mar do Seven Seas Prestige

0
Regent Seven seas
Seven Seas Prestige deixou a doca seca no dia 27 de novembro de 2025. Foto: divulgação

A Regent Seven Seas Cruises, companhia reconhecida como a principal linha de cruzeiros de ultra luxo do mundo, celebrou um marco decisivo na construção do Seven Seas Prestige, que deixou a doca seca no dia 27 de novembro de 2025. Trata-se da primeira nova classe de navios da armadora em dez anos e que inaugura um novo capítulo para a frota da empresa.

“O primeiro contato do Seven Seas Prestige com a água marca um momento extraordinário para a Regent Seven Seas Cruises, representando o ápice de anos de planejamento e colaboração com nossos parceiros de longa data da Fincantieri”, disse Jason Montague, Chief Luxury Officer da Regent Seven Seas Cruises. “A resposta extremamente positiva a este navio confirma que os viajantes mais exigentes reconhecem que algo verdadeiramente excepcional está por vir; algo reforçado pelo dia do lançamento, que se tornou o nosso maior dia de reservas para um novo navio em toda a nossa história. Da inédita Suíte Skyview Regent a cada detalhe cuidadosamente projetado, o Seven Seas Prestige personifica nossa dedicação em redefinir as viagens de ultra luxo.”

A cerimônia de lançamento ao mar foi realizada no estaleiro da Fincantieri, em Marghera, na Itália. Brunetta Casara atuou como madrinha do navio, cumprindo o ritual tradicional do estilhaçamento da garrafa de champanhe contra o casco e o corte da fita cerimonial, após uma oração conduzida pelo capelão do estaleiro. Em seguida, a doca seca foi inundada, concluindo oficialmente a etapa. Marco Spiga, Diretor Sênior e Gerente de Projetos da Regent Seven Seas Cruises, discursou no evento e agradeceu à Fincantieri pela parceria ao longo do desenvolvimento do projeto.

Com a conclusão dessa fase, o Seven Seas Prestige segue agora para o cais de acabamento, onde serão finalizadas as etapas de construção. Nesse processo, serão instaladas as suítes de alto padrão — incluindo a Skyview Regent Suite, anunciada como a maior suíte de cruzeiro ultra luxuosa com tudo incluído da história — além de lounges e restaurantes que compõem a experiência a bordo.

Com estreia programada para dezembro de 2026, o Seven Seas Prestige será o sétimo navio da frota da Regent e o primeiro de três embarcações da nova classe Prestige. Um segundo navio está previsto para 2030 e um terceiro para 2033, ampliando de forma estratégica a Frota Mais Luxuosa do Mundo e oferecendo mais opções de itinerários para viajantes de alto padrão.

Com cerca de 77 mil toneladas e capacidade para apenas 822 hóspedes, atendidos por 630 tripulantes, o Seven Seas Prestige apresentará uma das maiores proporções de tripulação por hóspede da indústria. Ao longo de sua temporada inaugural, o navio realizará 13 viagens pela Europa e Caribe, incluindo duas travessias transatlânticas, com roteiros de 10 a 15 noites que contemplam destinos como Harvest Caye, em Belize, o Canal do Panamá e pernoites em cidades como Londres, Lisboa e Bordeaux.

PILAR DE TRANSFORMAÇÃO E INOVAÇÃO com Marta Rossi

0
Marta Rossi
Marta Rossi, fundadora e CEO do Festuris. Crédito: Gustavo Mirolli/Divulgação

Marta Rossi é uma das fundadoras da Rossi & Zorzanello Eventos e Empreendimentos e CEO de grandes cases como a Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris), Chocofest, Connection e Revista Festuris. Formada em Relações Públicas e com dezenas de prêmios e indicações, foi apontada em publicação nacional como uma das oito mais importantes personalidades que fizeram história e continuam contribuindo para o mercado no Brasil nos últimos 30 anos.

Consolidado como uma das principais feiras de negócios turísticos da América Latina, o Festuris Gramado segue ampliando seu papel como impulsionador de conexões qualificadas e desenvolvimento sustentável no setor. À frente dessa trajetória está Marta Rossi, que há mais de três décadas conduz o evento com visão estratégica e foco em resultados concretos para o trade. 

Nesta entrevista exclusiva ao Brasilturis, a executiva detalha as ações que fortalecem a geração de negócios, a expansão internacional, o uso de tecnologia para qualificar conexões e a aplicação prática da agenda ESG, além de compartilhar a visão de futuro que projeta o Festuris como um dos principais hubs de turismo da América Latina.

O Festuris se consolidou como uma das principais feiras de negócios turísticos da América Latina. Quais estratégias vêm sendo adotadas para ampliar a geração de resultados comerciais aos expositores?

O Festuris tem se destacado por unir conteúdo qualificado, networking de alto nível e inovação na formatação dos espaços de negócios. Nos últimos anos, várias estratégias vêm sendo adotadas para ampliar a geração de resultados comerciais aos expositores, entre elas a segmentação dos espaços de negócios com a organização de áreas temáticas como Luxury, LGBT+ Diversidade, Business & Innovation, Food & Drinks, Wedding e Health & Wellness. As rodadas de negócios pré-agendadas também são uma referência do Festuris, assim como a integração entre feira de negócios turísticos e conteúdo especializado.

A internacionalização tem sido uma marca recente do evento. Quais mercados e destinos estão no radar para fortalecer a presença global do Festuris em 2025?

O Festuris permanece comprometido com sua vocação internacional e tem ampliado o foco em dois eixos estratégicos. Um deles é fortalecer a conexão com os mercados da América Latina, buscando atrair expositores, operadores e compradores desses países, bem como aproximar destinos latino-americanos ao Brasil. O outro é ampliar a presença de mercados emissores e parceiros europeus, especialmente em nichos de turismo de luxo, para que o evento consolide a posição como vitrine global.

O setor de feiras vive uma transformação digital. De que forma o Festuris está incorporando tecnologia e dados para potencializar a conexão entre buyers e expositores?

O Festuris vem investindo fortemente em tecnologia e dados para tornar as conexões entre buyers e expositores mais assertivas e produtivas. Hoje, usamos plataformas de agendamento inteligente focadas em promover encontros para geração de negócios reais. 

A tecnologia está transformando o papel das feiras e o Festuris entende que o futuro do setor passa por dados, curadoria inteligente e conexões qualificadas. A digitalização veio para potencializar aquilo que o evento já faz de melhor: gerar resultados concretos para o turismo.

As áreas temáticas segmentadas são um diferencial da feira. Como esse formato contribui para a qualificação do público e o fortalecimento dos negócios?

O formato segmentado do Festuris é um dos grandes fatores de sucesso do evento. Ao dividir a feira por áreas temáticas como Luxury, Green & Experience, LGBT+ e outras, conseguimos direcionar compradores e expositores de forma mais assertiva, garantindo conexões qualificadas e negócios efetivos. Essa curadoria inteligente eleva o nível técnico do público e fortalece o posicionamento de marcas e destinos dentro dos nichos em que atuam.

O Festuris tem sido reconhecido por suas ações em sustentabilidade. Como a agenda ESG é aplicada de forma prática no planejamento e na operação do evento?

O Festuris aplica a agenda ESG de forma prática com gestão ambiental responsável, com uso de lixeira ecológicas, com o incentivo ao plantio de árvores nativas como ocorre com o projeto Árvore da integração que todos os anos reconhece exemplos em sustentabilidade e neste ano vai exaltar a Costa Rica. A agenda ESG está na mensagem que o evento transmite e no propósito de transformar o turismo em uma força de desenvolvimento responsável

O turismo corporativo e MICE voltou a ganhar força. Há planos para ampliar o espaço e a relevância desse segmento dentro do Festuris?

O turismo corporativo e o segmento MICE estão entre os focos de expansão do Festuris. O evento vem fortalecendo o espaço Business & Innovation, ampliando a presença de empresas e destinos voltados a eventos, viagens de incentivo e turismo de negócios. E a expansão segue nos planos. 

Nosso objetivo é oferecer mais oportunidades de networking, experiências exclusivas para compradores e expositores, e fortalecer ainda mais o posicionamento do Festuris como referência em turismo de negócios.

Qual tem sido o impacto econômico e institucional do Festuris para Gramado e para o turismo gaúcho como um todo?

O Festuris tem um impacto expressivo na economia e na imagem de Gramado e do Rio Grande do Sul. Além de movimentar milhões de reais em negócios e impulsionar toda a cadeia turística local, o evento projeta o estado internacionalmente, fortalece parcerias institucionais e estimula a inovação e a qualificação do setor. É um catalisador de desenvolvimento econômico e de fortalecimento do turismo gaúcho. 

No caso dos negócios gerados, na edição passada chegamos a R$ 480 milhões negociados, e neste ano queremos novamente chegar a este montante. Na economia local, ultrapassamos os R$ 70 milhões movimentados na cidade durante o evento.

Com a alta competitividade entre feiras do setor, quais diferenciais mantêm o Festuris como referência no calendário do trade nacional e internacional?

Mesmo diante de um cenário cada vez mais competitivo, o Festuris se mantém como referência no calendário nacional e internacional por reunir atributos que vão além do formato tradicional de feira. É um evento que combina negócios qualificados, conteúdo relevante, relacionamento e propósito. 

Trabalhamos com foco em geração real de negócios, segmentação inteligente dos espaços, internacionalização e diversidade de mercados, compromisso com sustentabilidade e inovação. O diferencial do Festuris está em unir o que há de mais moderno em geração de negócios e tecnologia sem perder sua essência humana.

O Meeting Festuris tem papel importante na qualificação profissional. Como o conteúdo educacional tem evoluído para atender às novas demandas do mercado?

O Meeting Festuris é um dos pilares de transformação do evento e tem evoluído continuamente para acompanhar as mudanças do mercado, que hoje exige profissionais mais preparados, inovadores e conscientes do papel do turismo na economia e na sociedade. 

Nesta edição, temos nomes importantes como o filósofo Luiz Felipe Pondé e a influenciadora esportiva Daiane dos Santos, entre outros painelistas expressivos que deixarão o palco de conteúdo muito qualificado e imperdível.

Olhando para o futuro, qual é a visão estratégica do Festuris para os próximos anos em termos de inovação, internacionalização e legado para o turismo brasileiro?

O futuro do Festuris está em consolidar-se como o principal hub de negócios e inovação do turismo latino-americano. Vamos seguir investindo em tecnologia, internacionalização e práticas sustentáveis, fortalecendo conexões globais e deixando um legado de desenvolvimento para o turismo brasileiro. O propósito é claro: inspirar o setor a crescer com inovação, propósito e responsabilidade.

Rumo às 400 franquias

0
TZ Viagens
Paulo Manuel, CEO da TZ Viagens, na edição 2025 da convenção da companhia. Crédito: Matheus Alves/Brasilturis

A TZ Viagens realizou, entre os dias 18 e 19 de outubro, a maior convenção de sua história. O evento, sediado pela primeira vez em São Paulo (SP), reuniu 150 franqueados e parceiros no Hotel Pestana sob o tema “Conectando Pessoas”, que refletiu o propósito de fortalecer o senso de comunidade dentro da rede.

De acordo com Paulo Manuel, CEO da TZ Viagens, a convenção tem papel central na estratégia da marca. “A convenção tem uma importância tremenda, porque é o momento em que nos juntamos, nos conectamos melhor. Somos uma rede, uma comunidade de parceiros de negócio, e o franchising é mais do que um processo entre franqueador e franqueado. É uma jornada compartilhada com colegas que enfrentam os mesmos desafios e trocam experiências que enriquecem a visão e as soluções de todos”, declara.

A edição 2025 marcou uma mudança no formato do evento, que foi totalmente redesenhado para priorizar a imersão profissional e o conteúdo corporativo. “Desta vez, optamos por realizar o evento em um espaço mais corporativo, com dias totalmente dedicados ao trabalho. Em anos anteriores, associávamos a convenção a momentos de lazer, em resorts, mas agora quisemos concentrar as atividades no fim de semana, facilitando a logística para a participação dos franqueados”, explica Paulo.

A grade da convenção apresentou ainda uma combinação renovada de temas e convidados. “Chamamos algumas pessoas de fora do turismo, como Peixoto Accyoli, presidente da Re/max Brasil, que compartilhou uma história de vida inspiradora e experiências sobre venda consultiva e franchising, áreas que têm muito em comum com o nosso setor”, comenta o executivo. Segundo ele, a proposta foi ampliar a perspectiva dos franqueados e promover o intercâmbio de conhecimento entre diferentes segmentos de mercado.

Além das palestras e painéis voltados a temas como inteligência artificial, tráfego pago e performance em vendas, o evento manteve o formato de encontros rápidos com fornecedores, um dos mais bem avaliados nas edições anteriores. Nesta edição, cinco novos parceiros participaram pela primeira vez — Civitatis, EHTL, GTA, Interep e Europlus —, ampliando as oportunidades de negócios dentro da rede. “Esses novos parceiros chegaram para atender diferentes realidades, desde hospedagem e passeios até intercâmbio e segmentos de luxo”, detalha Paulo.

O CEO ressalta ainda que a convenção é um momento de reflexão sobre o papel das agências de viagens em meio às transformações digitais. “As redes sociais são um complemento importante, mas o contato humano continua sendo o mais poderoso. Nosso negócio é feito de relacionamento, confiança e curadoria. A convenção é um lembrete de que, por trás da tecnologia, o que move o turismo são as pessoas”, completa.

Conteúdo e troca de experiências

A programação trouxe uma combinação de painéis técnicos, palestras inspiracionais e encontros com fornecedores. Entre os convidados, o destaque foi Peixoto Accyoli, presidente e CEO da Re/max Brasil, que compartilhou lições sobre propósito, performance e estratégia. “Nem corretores de imóveis, nem agentes de viagens serão substituídos pela tecnologia. Seremos substituídos por profissionais que usam muito bem a tecnologia”, afirmou Accyoli, defendendo que o verdadeiro diferencial competitivo está na conexão humana.

O palestrante ressaltou ainda que resultados consistentes exigem preparo e disciplina. “Antes de zarpar, é preciso preparar o barco. Quando o vento fica forte, o barco não afunda pela tempestade do lado de fora, mas pela água que entra. É preciso cuidar do que acontece dentro da empresa e escolher bem a tripulação”, pontuou.

Outros nomes do evento incluíram Rafael Santos, idealizador do Grupo Agente Empreendedor, que apresentou as palestras “Ideia todo mundo tem. Acabativa, quase ninguém” e “Os quatro elementos de uma oferta de viagem que realmente vende”. Ambas enfatizaram a importância da execução e da clareza na comunicação com o cliente. “Entre a ideia e a execução existe um obstáculo chamado resistência. O profissional simplesmente senta e faz o que precisa ser feito”, reforçou.

O conteúdo técnico também teve destaque com Rodrigo Alvim, advogado especialista em direito do turismo, que ministrou a palestra “Sua Agência sem B.O.”. O especialista alertou sobre os principais riscos jurídicos enfrentados por agências e a importância de contratos claros e personalizados. “O contrato é a regra do jogo. Ele não serve para a hora boa, mas para quando dá problema”, explicou Alvim.

A programação contou ainda com a presença da RT Count, empresa de contabilidade parceira da TZ Viagens, representada por César Telles e Brayan Willians, que discutiram os impactos da reforma tributária e os riscos do enquadramento inadequado no regime de MEI. “As agências precisam de planejamento e assessoria contábil contínua para evitar desenquadramentos e multas”, alertou Telles.

André Santini Filho, especialista em marketing digital, conduziu a palestra “Mídia Paga e Inteligência Artificial”, na qual abordou a automação de campanhas e o uso de ferramentas inteligentes no dia a dia das agências. “A inteligência artificial ajuda a produzir, mas é o toque pessoal que diferencia o conteúdo. Texto sem alma e imagem genérica não conectam com o público”, pontuou.

Entre os painéis de capacitação de destinos, Neto Fernandes, gerente de Conta do Visit Orlando, apresentou novidades sobre o destino norte-americano e reforçou a importância de comunicar Orlando como um todo, e não apenas os parques temáticos. “O passageiro não vai ‘para a Disney’, ele vai para Orlando, que é muito mais do que os parques”, destacou.

Estratégia e perspectivas

Durante o evento, Paulo Manuel compartilhou a visão estratégica da TZ Viagens para 2025, destacando o crescimento sustentável e a inovação como pilares centrais. “O ano ainda não terminou, mas esperamos um bom crescimento em relação a 2023. Setembro foi incrível, outubro também muito bom e novembro costuma ser muito importante para nós, então estamos otimistas para um grande final de ano”, afirma.

Segundo o executivo, a rede atravessou um período desafiador, marcado por oscilações no mercado e pela crise envolvendo a Viagens Promo. “Tivemos de agir com rapidez e fizemos um esforço muito grande, investindo cerca de R$ 1,5 milhão para apoiar nossos franqueados e cobrir 50% das perdas. Em alguns casos, chegamos a custear integralmente as operações para não prejudicar clientes. Isso mostra o valor de fazer parte de uma rede”, explica.

Entre os investimentos em andamento estão o lançamento de duas novas plataformas tecnológicas até o fim do ano, voltadas à integração de fornecedores e à eficiência operacional. “Queremos que o franqueado possa pesquisar, cotar e emitir viagens de forma consolidada em um só portal”, comenta Paulo.

Outra aposta é o novo ambiente de capacitação on-line, que incluirá ferramentas de treinamento EAD, provas de avaliação e certificações digitais, além de recursos de inteligência artificial integrados ao suporte das agências. “Nosso objetivo é escalar a operação sem perder o caráter individualizado do atendimento”, complementa o CEO.

A estratégia digital da rede também foi reforçada com o lançamento de novos sites para as agências. “Queremos mostrar quem está por trás da tela: a história, o rosto e a voz do profissional. A venda de viagens é uma venda assistida, feita com consultoria, e não um processo self-service”, afirma Paulo.

A TZ Viagens pretende encerrar 2025 com cerca de 400 unidades franqueadas, mantendo o foco em crescimento qualificado. “Nosso objetivo é expandir com qualidade, com uma rede engajada e comprometida. O mercado está bem, o câmbio tem se comportado de forma positiva, e o brasileiro continua viajando. As pessoas passaram a valorizar experiências mais do que bens materiais, e isso mantém a demanda aquecida”, conclui.

Encerramento e reconhecimento

A convenção foi encerrada com a entrega do Prêmio Destaques Excelência TZ Viagens 2025, que reconheceu franqueados e profissionais pelo desempenho, inovação e comprometimento com os valores da marca. O momento de celebração marcou o encerramento oficial do evento, reforçando o espírito de união e valorização que norteia a rede.

Para Paulo Manuel, a cerimônia resume o propósito maior da convenção. “Por trás da tecnologia, o que move o turismo são as pessoas. O sucesso da TZ Viagens é fruto do trabalho coletivo, da confiança e da vontade de crescer juntos”, finaliza.

Latam amplia presença nos principais hubs do país e acelera retomada no Sul em 2025

0
Latam registra salto de mais de 40% na oferta doméstica em Porto Alegre e supera 56 mil voos em Brasília em 2025
Latam registra salto de mais de 40% na oferta doméstica em Porto Alegre e supera 56 mil voos em Brasília em 2025. Crédito: Divulgação

A Latam encerra 2025 celebrando um dos ciclos mais robustos de expansão e consolidação de sua malha doméstica no Brasil. Ao longo do ano, a companhia concentrou investimentos estratégicos em quatro aeroportos-chave — Brasília, São Paulo/Guarulhos, Curitiba e Porto Alegre — que, juntos, refletem o avanço da conectividade aérea nacional, a ampliação de oferta para passageiros corporativos e de lazer e a retomada de mercados impactados por eventos climáticos extremos.

O desempenho reforça a estratégia da empresa de fortalecer hubs regionais e ampliar a capilaridade da operação, conectando diferentes regiões do país de forma mais eficiente e integrada à sua malha internacional.

Brasília se consolida como hub doméstico estratégico

Em 2025, Brasília assumiu protagonismo crescente dentro da operação da Latam. O aeroporto contabilizou 56,6 mil voos ao longo do ano, entre pousos e decolagens, com mais de 10,1 milhões de assentos ofertados em 36 rotas domésticas. Na comparação com 2024, o avanço representa quase 6 mil voos adicionais e cerca de 1 milhão de novos assentos, consolidando a capital federal como um dos principais pontos de conexão do país.

Entre as novidades do ano, destacam-se as rotas Brasília–Foz do Iguaçu, lançada em outubro, e Brasília–Campinas/Viracopos, inaugurada em agosto, que juntas ampliaram a integração entre o Centro-Oeste, o Sul e o Sudeste. Também tiveram crescimento relevante as ligações com Porto Alegre, Santos Dumont e Guarulhos, reforçando a importância de Brasília como elo entre diferentes mercados regionais.

No cenário internacional, a operação a partir de Brasília manteve desempenho consistente, com voos para Lima e Santiago, ampliando as possibilidades de conexões sul-americanas para passageiros de negócios e lazer.

Guarulhos mantém liderança como principal centro distribuidor

O Aeroporto de São Paulo/Guarulhos seguiu em 2025 como o maior hub da Latam no Brasil. Ao longo do ano, foram registrados 116,5 mil voos domésticos e mais de 22,4 milhões de assentos ofertados, conectando a companhia a 53 rotas nacionais.

Rotas estratégicas apresentaram crescimento expressivo, como Guarulhos–Porto Alegre, Guarulhos–Galeão e Guarulhos–Brasília, além do fortalecimento de ligações com capitais e mercados regionais. A ampliação da malha também incluiu novos destinos domésticos, como Rio Branco, Boa Vista, Bonito, Dourados e Fernando de Noronha, reforçando a presença da companhia em regiões com forte potencial turístico.

No mercado internacional, Guarulhos também ganhou destaque com a inauguração de novas rotas para a Argentina, como Bariloche e Córdoba, além da inclusão de Rosário, ampliando a conectividade com o interior do país vizinho.

Porto Alegre acelera retomada após impactos climáticos

Após um 2024 marcado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, Porto Alegre viveu em 2025 um processo acelerado de recuperação. A Latam contabilizou 17,7 mil voos domésticos envolvendo o aeroporto e ofertou 3,27 milhões de assentos em sete rotas, mais que dobrando os números registrados no ano anterior.

O crescimento foi impulsionado principalmente pelas ligações com Guarulhos, Congonhas, Galeão e Curitiba, além da inauguração de novas rotas domésticas, como Belo Horizonte/Confins e Florianópolis. No segmento internacional, Porto Alegre voltou a se conectar a Lima, Santiago e Buenos Aires/Aeroparque, reforçando a integração do estado com importantes hubs sul-americanos.

Curitiba cresce com foco no mercado corporativo

Curitiba também apresentou desempenho consistente em 2025. A Latam encerrou o ano com 14,3 mil voos e 2,64 milhões de assentos ofertados em seis rotas domésticas, crescimento de dois dígitos em relação a 2024. As rotas para Porto Alegre, Guarulhos e Brasília lideraram a expansão, refletindo a força do mercado corporativo paranaense.

A capital paranaense ganhou ainda uma nova ligação com o Rio de Janeiro/Galeão e manteve sua operação internacional para Lima e Santiago, reforçando seu papel como ponto estratégico de conexão do Sul do país com a América do Sul e outros mercados globais.

Gol leva campanha de verão à orla do Rio com quiosques temáticos

0
Onde tem Sol, tem GOL: Companhia celebra vibração laranja do verão carioca com novos quiosques e experiências
Onde tem Sol, tem GOL: Companhia celebra vibração laranja do verão carioca com novos quiosques e experiências. Crédito: Divulgação

A Gol Linhas Aéreas escolheu o Rio de Janeiro para dar o pontapé inicial em sua nova campanha de verão, “Onde tem Sol, tem Gol”, que passa a ocupar alguns dos endereços mais icônicos da orla carioca a partir do dia 19 de dezembro. Em parceria com a Orla Rio, concessionária responsável pela gestão dos quiosques nas praias da cidade, a companhia aérea leva sua identidade visual e uma agenda de experiências para três pontos estratégicos: Barra da Tijuca, Ipanema e Copacabana.

A ação marca a presença da Gol em um dos destinos mais simbólicos do verão brasileiro e reforça o vínculo da marca com experiências ligadas a lazer, bem-estar e convivência. Os quiosques selecionados — Quiosque Sunset Barra, na Barra da Tijuca; Quiosque Cat’s, em Ipanema; e Quiosque Deck Zero Nove, em Copacabana — recebem ambientação especial com a cor laranja, assinatura da companhia, aplicada de forma integrada à paisagem e à rotina da orla.

A proposta da campanha é associar o posicionamento da Gol à energia do verão e ao estilo de vida ao ar livre que caracteriza o Rio de Janeiro. Para isso, a companhia preparou uma programação que combina atividades físicas pela manhã e atrações musicais no fim da tarde, criando pontos de encontro para moradores e visitantes da cidade.

Atividades físicas e bem-estar na areia

A agenda começa logo cedo. De sexta a domingo, sempre a partir das 8h, os quiosques recebem uma aula diária voltada à saúde e ao bem-estar. No primeiro dia da ação, 19 de dezembro, o público poderá participar de um treino funcional. No dia seguinte, 20 de dezembro, a programação inclui ioga com meditação. Já no domingo, 21 de dezembro, a atividade será uma aula de calistenia.

As aulas são gratuitas, não exigem inscrição prévia e comportam até 30 participantes por sessão, reforçando o caráter democrático da iniciativa. A proposta é incentivar hábitos saudáveis e promover a ocupação qualificada dos espaços da orla, integrando a marca ao cotidiano do verão carioca.

“Onde as pessoas estiverem vivendo o verão, queremos estar presentes com a nossa marca, começando por este que é um dos cartões postais mais famosos do Brasil e do mundo: o Rio de Janeiro. O brasileiro é especialista em verão, e nós, como uma Companhia Aérea genuinamente brasileira, decidimos celebrar a estação levando a energia vibrante da nossa cor, o laranja, para quiosques que reúnem as pessoas em momentos de alegria e descontração. Nosso mote de verão ‘Onde tem Sol, tem Gol’ se conecta ainda com a mais nova assinatura da Companhia, ‘Inteligência faz a gente voar’, pois com o alto poder de conectividade da nossa malha, podemos levar com comodidade os nossos Clientes brasileiros e estrangeiros onde quer que haja sol, no Brasil e nas Américas”, afirma Patrícia Pessoa, diretora de marketing da Gol.

Música e lazer ao pôr do sol

No fim de tarde, a partir das 17h, a programação ganha clima festivo. DJs sets ocupam os quiosques com house, lounge music e releituras de brasilidades, criando um ambiente propício para relaxar, socializar ou simplesmente apreciar o pôr do sol — momento em que o laranja da marca se mistura naturalmente às cores da paisagem carioca.

Para a Orla Rio, a parceria com a Gol representa uma oportunidade de ampliar o uso qualificado dos quiosques e atrair novas ativações à orla. “Para a Orla Rio, receber uma marca de grande expressão nacional como a Gol é um marco importante, que valoriza o nosso trabalho e o potencial da nossa orla. Estamos todos muito animados com a chegada deles. E as expectativas são altas para os próximos meses, temos certeza que 2026 será um ano de ainda mais sucesso e novas parcerias com diversas marcas”, afirma João Marcello Barreto, presidente da Orla Rio.

Ações integradas à experiência do cliente

A campanha também se conecta à estratégia de relacionamento da Gol com seus clientes. Durante o mês de janeiro, passageiros que desembarcarem no Rio de Janeiro receberão por e-mail a programação detalhada dos quiosques temáticos, ampliando o alcance da ação e incentivando a participação dos viajantes.

BTM + Corporativo

0
BTM Alagev
Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev. Crédito: Felipe Lima/Brasilturis

A recente edição da Brazil Travel Market (BTM) consolidou um novo movimento no calendário de eventos nacionais ao incluir, pela primeira vez, uma ação estruturada voltada ao turismo corporativo. A iniciativa partiu de uma parceria inédita entre a feira e a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), liderada por Luana Nogueira, diretora executiva da entidade, que vem ampliando sua atuação em todo o país e reforçando o papel estratégico do segmento MICE na economia do turismo.

O diálogo entre as instituições começou a partir do interesse da BTM em compreender melhor as demandas do mercado corporativo e atrair esse público para o ambiente da feira. A Alagev, já atuante na região, colaborou na construção de um formato que unisse conteúdo, negócios e relacionamento, inspirado em modelos internacionais de hosted buyers.

Com a nova proposta, gestores do Nordeste foram convidados para participar de uma programação imersiva, que combinou visitas técnicas, capacitações e experiências de networking com fornecedores locais. A Alagev atuou como anfitriã e group leader dos compradores, promovendo encontros que ampliaram o alcance comercial e reforçaram a presença do corporativo na programação.

A realização da reunião setorial dos gestores do Nordeste dentro da feira integrou ainda mais as agendas da associação e potencializou a participação dos associados. A unificação de esforços transformou a BTM em um ponto de encontro estratégico para profissionais da região, fortalecendo conexões regionais e destacando o turismo corporativo como parte essencial da cadeia produtiva.

O formato de hospitalidade implantado garantiu passagens, hospedagem e experiências aos participantes, seguindo padrões internacionais de qualificação. A estrutura permitiu que os compradores se dedicassem exclusivamente à geração de negócios, consolidando a presença do segmento corporativo e elevando o nível profissional da feira.

A presença do corporativo na BTM também se traduziu em conteúdo e formação. Dentro da programação oficial, Luana conduziu duas sessões de capacitação voltadas ao aperfeiçoamento de gestores e fornecedores, aprofundando o debate sobre as transformações do setor. 

“A primeira sessão tratou de tendências para o mercado de viagens corporativas, enquanto a segunda abordou como os fornecedores podem se adaptar para serem homologados por clientes de viagens, eventos e incentivos”, explicou a diretora.

As apresentações tiveram caráter prático e buscaram traduzir, em linguagem acessível, os critérios e desafios que norteiam as decisões do segmento. “O objetivo foi mostrar quais são os aspectos que os clientes observam nos fornecedores para decidir se eles serão homologados, desde a governança até a capacidade de resposta e inovação”, destacou.

“A gente quis trazer aqui justamente a leitura do corporativo, para que os fornecedores entendessem que esse é o colchão do turismo, aquele que não sofre com sazonalidade e movimenta bilhões de reais todos os anos”, completou. As discussões despertaram o interesse de profissionais que buscam compreender melhor o comportamento desse público e reforçaram a importância de reconhecer o corporativo como parte essencial da engrenagem econômica do turismo.

O debate sobre o papel do corporativo ganhou força ao longo da programação, especialmente pela forma como foi contextualizado dentro do cenário econômico do turismo. Durante suas falas, Luana Nogueira reforçou que o segmento representa a base de estabilidade da cadeia, responsável por manter a movimentação constante mesmo em períodos de baixa temporada.

“O corporativo é o colchão do turismo, aquele que não sofre com sazonalidade e garante a sustentabilidade dos negócios”, afirmou, ao destacar o impacto direto desse público na geração de receita e na previsibilidade de resultados.

A executiva destacou ainda que a aproximação entre os fornecedores e o universo corporativo exige um novo olhar sobre práticas comerciais e políticas de relacionamento. “O objetivo não é apenas promover o lazer, mas também posicionar o corporativo como um componente essencial para o equilíbrio do setor”, disse. 

Luana também lembrou que a presença do corporativo em eventos como a BTM é parte de um movimento mais amplo da associação, que busca levar o tema a outras plataformas de destaque, como o Festuris. A ideia é dar continuidade às ações de capacitação e ampliar a visibilidade do segmento em ambientes que concentram lideranças e decisores de diferentes frentes do turismo. 

“Estaremos no Festuris com novas discussões sobre inovação em viagens corporativas, ampliando o espaço para o debate e a troca de experiências entre gestores e fornecedores”, comentou.

Esses debates, segundo Luana, são ideais para deixar o mercado ciente do cenário corporativo e repensar antigas verdades do turismo corporativo. A executiva defendeu que o mercado vive um momento de revisão profunda de práticas e conceitos, impulsionado pela volatilidade econômica e pelo avanço tecnológico. 

“As máximas que antes eram regra, hoje já não se aplicam a todos os casos. Estamos quebrando paradigmas e desmistificando processos que por muito tempo foram tratados como verdades absolutas”, afirmou.

Um exemplo citado foi o da antecedência nas reservas, tradicionalmente associada à economia de custos. Segundo ela, esse fator deixou de ser determinante diante das variações de tarifas e das estratégias de revenue management das companhias aéreas e redes hoteleiras. 

“Antecedência já não é fator fixo para melhor compra. Hoje tudo depende. Tenho políticas de viagens de associados com 21 dias de antecedência para o nacional e, mesmo assim, há casos em que dentro de cinco dias é possível encontrar tarifas mais baixas”, observou.

A executiva ressaltou que, para lidar com esse novo cenário, o gestor corporativo precisa adotar ferramentas de tecnologia preditiva, capazes de avaliar flutuações de preço e identificar oportunidades antes da emissão. “O ponto é o quanto uma política de viagens consegue ser flexível para alcançar tarifas de oportunidade. Se ela for rígida demais, pode deixar de enxergar reduções reais de custo”, explicou.

Luana reforçou ainda que a inteligência de dados deve ser usada como aliada estratégica para otimizar processos, reduzir o ticket médio e criar políticas mais dinâmicas, ajustadas à realidade do mercado. Para ela, a flexibilidade, sustentada por tecnologia e análise, tornou-se um diferencial competitivo indispensável para empresas que buscam eficiência e previsibilidade em um ambiente cada vez mais instável.

Perspectivas para o Lacte 2025

O avanço do calendário da Alagev também se reflete na preparação do Lacte, principal evento de viagens e eventos corporativos da América Latina. Durante a entrevista, Luana Nogueira destacou o ritmo acelerado da organização e o sucesso do jantar de lançamento, que reuniu parceiros e reforçou a representatividade do encontro. 

“O jantar foi uma maravilha. Mostrou para todos os parceiros a importância do LACTE e o quanto queremos elevar ainda mais o nível de entrega, com foco no retorno de investimento dos patrocinadores e na qualidade do conteúdo para os gestores de viagens”, afirmou.

As metas estabelecidas para 2025 são ambiciosas e refletem a maturidade do evento. “Estamos com cotas de patrocínio dos níveis principais praticamente esgotadas e um volume expressivo de vendas de estandes. Isso mostra que conseguimos antecipar oportunidades e aumentar a previsibilidade dos resultados”, comentou. 

Essa antecipação também facilita a composição da planta, que em edições anteriores ainda sofria ajustes até dias antes do evento, e permite um planejamento mais robusto das ativações e experiências.

Segundo Luana, o foco da próxima edição é ampliar a presença de hosted buyers e consolidar o evento como um espaço de negócios, aprendizado e relacionamento de alto nível. “Temos metas agressivas de atração de compradores e de entrega de retorno para os patrocinadores. O Lacte é um evento que desafia a gente todos os anos, tanto na identidade quanto no formato, porque criar eventos para quem faz eventos é sempre mais complexo”, destacou.

O posicionamento do Lacte como ponto de encontro estratégico do mercado latino-americano é parte do plano de fortalecimento da Alagev, que busca manter o protagonismo e ampliar o alcance das ações educacionais ao longo do ano. 

“Queremos continuar colocando a associação em níveis superiores, sendo fonte de dados, pesquisa e referência para gestores e fornecedores. Nosso compromisso é promover um mercado mais saudável, sustentável e colaborativo, com governança e boas práticas que gerem negócios e deixem um legado real”, disse. 

A condução da atual gestão da Alagev tem sido marcada pela busca por protagonismo e fortalecimento institucional. Luana Nogueira afirma que o trabalho desenvolvido nos últimos anos tem como foco construir uma entidade mais colaborativa, participativa e conectada às transformações do mercado. Ela explica que a associação vem se consolidando como referência em dados, pesquisas e formação profissional, com o propósito de direcionar o setor de viagens e eventos corporativos a um modelo mais sustentável e transparente.

Segundo a executiva, o objetivo é que a Alagev siga sendo reconhecida como fonte de informação e base de conhecimento para o gestor de viagens. “Queremos continuar posicionando a associação em níveis superiores, sendo referência para o mercado e incentivando práticas de governança, sustentabilidade e conexão entre os diferentes atores da cadeia”, disse.

Luana destaca que esse processo passa também por uma mudança cultural. “Hoje vemos um mercado mais colaborativo e participativo do que no passado, ainda que haja muito caminho pela frente. Precisamos transformar o consumo em construção conjunta, multissetorial e sustentável”, declarou. Ela acrescenta que a colaboração entre as comunidades e o conteúdo técnico produzido pelas áreas da associação serão os pilares de uma nova fase, pautada pela transparência e pela geração de negócios compartilhados.

A executiva afirma que o legado da gestão não se limita à ampliação de eventos ou ao crescimento do número de associados, mas à consolidação de um modelo de relacionamento duradouro entre empresas, gestores e fornecedores. “Nosso compromisso é deixar uma marca de evolução contínua, de fortalecimento das comunidades e de valorização do conhecimento como ferramenta de transformação do setor”, concluiu.

Com o calendário de eventos se aproximando do fim, Luana Nogueira reforça o convite à participação do mercado no Lacte 2025 e nas próximas ações da associação. Ela afirma que o momento é de engajamento e de protagonismo coletivo. “As inscrições já estão abertas e queremos ver uma arena repleta de profissionais interessados no desenvolvimento do setor. Precisamos de pessoas que façam as coisas acontecerem, que participem ativamente e ajudem a construir o futuro do turismo corporativo”, disse.

A executiva explica que o convite se estende não apenas a gestores, mas também a fornecedores e parceiros estratégicos. “Não se trata apenas de buscar patrocínio, mas de reunir quem acredita no potencial de transformação do nosso mercado. O Lacte é um ambiente de negócios, aprendizado e relacionamento, e queremos que todos estejam presentes para compartilhar experiências e gerar valor.”

Ela ressalta que a Alagev também estará presente no Festuris, encerrando o ciclo anual de eventos com foco em inovação e conexões qualificadas. “Estaremos lá marcando presença para celebrar mais uma edição do Festuris, que é exemplo de resiliência e inspiração para o turismo nacional. O povo gaúcho mostrou uma capacidade de reconstrução admirável e isso reflete o espírito que queremos manter em todo o setor”, afirmou.

Segundo Luana, o papel da associação é garantir que o diálogo permaneça ativo e que o corporativo continue ganhando visibilidade dentro das principais plataformas do turismo brasileiro. “Queremos seguir aproximando comunidades, fortalecendo parcerias e deixando um legado de conhecimento, colaboração e sustentabilidade. Esse é o caminho que guia todas as nossas ações”, concluiu.

Aman projeta 2026 com novas aberturas e experiências de luxo sustentável

0
Aman 2026
A inauguração do Amanvari está prevista para a primavera de 2026. Foto: divulgação

Às vésperas do encerramento de 2025, a Aman anunciou um conjunto de novidades que reforçam sua estratégia de crescimento global e sua filosofia de luxo pautada pela exclusividade, sustentabilidade e conexão com o destino. As adições ao portfólio estão previstas para 2026 e incluem novas propriedades e experiências no México, Estados Unidos, Índia e Japão.

Entre os principais destaques está a inauguração do Amanvari, prevista para a primavera de 2026, na Costa Leste da Baja California, no México. O empreendimento marca a estreia da Aman no país e contará com 18 Casitas, além de residências de marca, em um cenário que integra praia, deserto e estuário. Desenvolvido com projeto do estúdio Heah & Co. e do Elastic Architects, o resort segue a estética contemporânea característica da marca, com integração entre ambientes internos e externos e uso de materiais naturais, como pedra local e madeiras tropicais. As unidades terão vistas para o Mar de Cortez e para a Sierra de la Laguna, enquanto as Aman Residences estarão localizadas à beira-mar ou com vista para o campo de golfe assinado por Robert Trent Jones II.

O Amanvari também oferecerá restaurantes autorais, Aman Spa com temazcal, Spa Houses privativas e um Pavilhão de Yoga ao ar livre. Inserido na comunidade privada Costa Palmas, o resort dará acesso a marina, iate clube, fazendas orgânicas e experiências ao ar livre, como snorkel, trilhas, mergulho e vela.

Nos Estados Unidos, o Amangiri inaugura, a partir de fevereiro, sua primeira Villa de Seis Suítes, dando início a uma nova fase do resort localizado em Utah. Com 1.115 m², a residência é a primeira de um conjunto de 12 novas villas e foi projetada por Marwan Al-Sayed, arquiteto responsável pelo conceito original do Amangiri. Implantada em nove acres de deserto preservado, a villa oferece vistas para o Grand Staircase-Escalante National Monument, além de piscina central de 36 metros, academia e spa privativos, chef pessoal e atendimento dedicado.

Na Índia, o Aman-i-Khás, localizado na entrada do Parque Nacional de Ranthambore, será renovado em janeiro com a adição de três Grand Tented Pool Pavilions e um Tented Pool Pavilion, totalizando 14 tendas. As novas unidades ampliam a oferta de hospedagem de alto padrão e reforçam a proposta de imersão na natureza e na vida selvagem local, incluindo experiências ligadas à observação do tigre-de-bengala.

Já no Japão, o Aman Kyoto apresentará em 2026 a Tea House Senkutsu, construída no tradicional estilo sukiya e dedicada ao ritual do chanoyu, a cerimônia japonesa do chá. Projetado pelo SEN ART STUDIO e executado pela Nakamura Sotoji Komuten, o espaço contará com duas salas de chá destinadas tanto a cerimônias tradicionais quanto a atividades culturais, como ikebana, caligrafia e preparo de wagashi.

Unav pela profissionalização

0
Unav
Foto dos participantes. Crédito: Rafael Destro/Brasilturis

A palavra que norteia o momento da União Nacional das Agências de Viagens (Unav) é “profissionalizar”. Em um cenário de amadurecimento e reposicionamento institucional, a entidade deu um passo decisivo rumo à consolidação de um trade mais qualificado e competitivo ao realizar, no Expo Center Norte, em São Paulo, a primeira edição do Unav360 – Agências com direção. O encontro reuniu cerca de 130 agências de viagens de diferentes regiões do País e marcou o início de uma nova etapa no fortalecimento do empreendedorismo e da gestão no turismo.

Idealizado para inspirar e provocar reflexão, o evento foi concebido com o propósito de transformar conteúdo em prática. Em um formato dinâmico, mesclando palestras, painéis e momentos de networking, o Unav360 apresentou um recorte realista dos desafios enfrentados por pequenas e médias empresas, oferecendo ferramentas aplicáveis para o dia a dia das operações.

Na abertura, Ines Melo, CEO da Unav, agradeceu a presença dos agentes e destacou o protagonismo da categoria no desenvolvimento do setor. Ela reforçou que a missão da entidade é apoiar o agente na jornada de crescimento profissional, oferecendo capacitação e estímulo à gestão estratégica. 

“O papel da Unav é justamente oferecer ferramentas e oportunidades para que os profissionais possam se aprimorar e se posicionar com mais segurança em um mercado em constante transformação”, afirmou.

A programação do Unav360 foi desenhada para ir além do discurso e mergulhar em temas que impactam diretamente o cotidiano das agências de viagens. A curadoria equilibrou gestão, finanças, marketing e tecnologia, com o objetivo de transformar conhecimento em ação e provocar mudanças práticas nos negócios.

Entre os destaques estiveram as palestras “Gestão financeira para pequenas empresas”, conduzida por Luis Vivas, Head of Sales Manager da Pluxee, e “Oportunidades em tempos de mudanças”, apresentada por Aguinaldo Oliveira,especialista em liderança e motivação que abordaram desde a importância da educação financeira até o papel humano do agente no processo de viagem.

“O agente não vende apenas pacotes, ele muda vidas e cria experiências que marcam gerações”, afirmou Aguinaldo, em um dos momentos mais emocionantes do evento. A fala sintetizou o tom inspirador do encontro, que buscou resgatar o propósito e o valor do trabalho do agente como protagonista do turismo brasileiro.

O evento também apresentou o Painel dos Parceiros Unav, que discutiu boas práticas de relacionamento comercial e o papel da transparência nas parcerias. A troca entre profissionais reforçou a importância do diálogo e do alinhamento de expectativas para o fortalecimento do trade. Cada painel e palestra foi estruturado para oferecer uma perspectiva aplicada, conectando teoria e prática em um formato leve, mas consistente, com foco na melhoria da gestão e na geração de resultados reais.

A gênese do Unav360

O Unav360 nasceu da própria demanda dos agentes de viagens por mais conteúdo, capacitação e troca de experiências. A ideia surgiu após o sucesso da jornada online Pensar como Empresário, promovida pela Unav em julho, que contou com 15 palestras e uma ampla adesão do público. O formato digital evidenciou o apetite das agências por temas de gestão e inovação e despertou o desejo de transformar aquele conteúdo em uma experiência presencial.

Segundo Duda Slud, diretor de Relacionamento da entidade, o projeto cresceu de forma natural. “A gente não tinha intenção de fazer o evento neste ano, mas calhou a demanda das agências, o sucesso do evento online e o apoio da prefeitura. A gente resolveu fazer”, contou. A parceria com a Prefeitura de São Paulo foi determinante para viabilizar a realização do encontro no Expo Center Norte e ampliar seu alcance nacional.

O conceito de “olhar 360 graus” se consolidou como norte para a curadoria do evento. A proposta era oferecer uma visão completa do negócio de turismo, abordando temas como gestão financeira, marketing digital, tecnologia e compliance de maneira integrada e prática. “A ideia é que, depois de tanto conteúdo, o profissional saiba como pegar o que aprendeu e aplicar na empresa a partir de segunda-feira”, explicou Slud.

Além do conteúdo técnico e motivacional, o Unav360 marcou o lançamento do Programa Interno de Compliance e Integridade da Unav, um dos principais marcos institucionais da atual gestão. A iniciativa reforça o compromisso da entidade com ética, transparência e fortalecimento das relações entre agências, parceiros e a própria associação.

Segundo Slud, o programa reflete a essência colaborativa da entidade e sua visão de longo prazo. “Esse programa de compliance é 360. Ele não olha só para os parceiros, só para as agências ou só para a Unav. Ele olha para os três pilares da empresa, porque a gente entende que, só com esses três pilares fortalecidos, conseguimos construir um mercado mais sólido”, afirmou.

A proposta do programa vai além do cumprimento de normas. Ele busca criar uma cultura de responsabilidade compartilhada e promover boas práticas que consolidem a confiança entre os elos do trade. A iniciativa também reafirma o propósito de profissionalizar o setor e posicionar a Unav como referência em governança no turismo, com um modelo de atuação que combina ética e eficiência operacional.

Parcerias que fortalecem o trade

O relacionamento entre agências e fornecedores ganhou destaque durante o Painel Melhores Agências, Melhores Parceiros, mediado por Slud. O debate reuniu representantes da SkyTeam, Coris, Hero Seguros, Orinter e Visual Turismo, que compartilharam visões sobre boas práticas de parceria e o valor da confiança nas relações comerciais.

Para Elis Rodrigues, gerente de Redes e Novos Negócios da SkyTeam, a base de um relacionamento saudável está na transparência. “A clareza ao expor necessidades e o alinhamento de expectativas são o segredo do sucesso”, afirmou. O executivo ressaltou que o diálogo aberto é essencial para evitar ruídos e garantir que as ações de ambas as partes estejam alinhadas aos objetivos do cliente.

Na mesma linha, Fábio Emilio, gerente comercial da Coris, defendeu uma relação mais integrada entre operadoras e agentes. “Não considerem a gente como fornecedor. A Coris é parte da sua equipe”, disse, reforçando a importância de colaboração mútua e suporte contínuo.

A parceria com a Unav também foi apontada como fator de competitividade. Luciana Volante, CRO da Hero Seguros, destacou que “se a Hero é o que é hoje, é graças à Unav”, ao reconhecer o papel da entidade na criação de pontes entre marcas e agências. 

Roberto Sanches, diretor de Vendas e Operação da Orinter, ressaltou que a associação contribui diretamente para elevar o padrão de atuação do setor. “A parceria com a Unav ajuda a trabalhar com agências sérias, que buscam capacitação e relacionamento. Isso eleva o nível do mercado”, afirmou.

Outro painel que demonstrou a  importância da cooperação entre os diferentes elos do turismo também foi tema do Painel UNAV Ltda. promovido pela Unav, que reuniu, além do Duda Slud, Adriano Pereira, diretor de estratégia da Unav Central de Negócios, e Bruno Morato, consultor Empresarial Permanente da Veracto Mentoria e Consultoria. O encontro destacou que o relacionamento entre operadoras e agências deve ir além das transações comerciais, sendo baseado na confiança mútua, na comunicação clara e na construção de um ecossistema sustentável.

Durante o debate, os participantes reforçaram que o fortalecimento do setor depende de uma atuação colaborativa e transparente, na qual todos os envolvidos compartilham responsabilidades e resultados. “O Unav é um tripé: agências, Unav e parceiros. Se uma das pernas não tiver, ela não para de pé”, afirmou Slud, ao definir o equilíbrio que sustenta o modelo associativo da entidade.

A discussão também abordou a necessidade de as agências enxergarem os parceiros como parte do próprio time, adotando uma postura mais integrada e estratégica no relacionamento. A proximidade, segundo os painelistas, é o que garante a criação de valor real para o cliente final e promove um ambiente mais saudável para o desenvolvimento do turismo.

Entre as apresentações do Unav360,  “A virada de jogo do seu negócio”, conduzida pelo apresentador e palestrante Cristiano Lopes, destacou-se pela abordagem analítica e provocativa sobre o comportamento do consumidor e a adaptação das empresas ao varejo contemporâneo. O especialista comparou os desafios do turismo às transformações vivenciadas pelo comércio moderno, enfatizando que a competitividade atual não se sustenta apenas em produto ou preço, mas na capacidade de entregar experiências de valor ao cliente. “Não basta ter um bom produto, é preciso entregar experiências”, afirmou.

Lopes ressaltou que as pequenas e médias empresas do turismo possuem uma vantagem competitiva intrínseca: a flexibilidade operacional e a proximidade com o consumidor final, fatores que permitem maior personalização no atendimento. 

Ele apontou que o diferencial entre crescimento e estagnação está diretamente relacionado à mentalidade empreendedora e à habilidade de identificar oportunidades em cenários de mudança. “Tem gente que vive para reclamar e reclama para viver”, provocou, ao defender a importância da atitude propositiva e da resiliência como pilares do sucesso empresarial.

O conteúdo, permeado por exemplos práticos e análises comportamentais, reforçou a necessidade de reposicionar o agente de viagens como protagonista de um novo modelo de negócios, pautado pela inovação e pela experiência. Ao final, Lopes sintetizou a mensagem central de sua palestra em tom inspiracional: “O primeiro passo não vai te levar onde você quer, mas é o primeiro passo que te tira de onde você está.” A frase, recebida com entusiasmo pelo público, refletiu o propósito do Unav360 de estimular a ação, a mentalidade transformadora e a aplicação prática do conhecimento adquirido.

O papel do agente de viagens

O Unav360 também reafirmou o protagonismo do agente de viagens na engrenagem do turismo brasileiro. Mais do que intermediários de serviços, esses profissionais são responsáveis por movimentar economias locais, gerar renda e conectar pessoas a destinos, experiências e culturas. A mensagem permeou diversas palestras e painéis, ressaltando que o agente é parte essencial de um ecossistema que sustenta o crescimento do turismo no País.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Turismo (PNAD Turismo), divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo, as viagens nacionais com pernoite injetaram R$ 22,8 bilhões na economia brasileira em 2024, um aumento de 11,7% em relação ao ano anterior. O levantamento mostra que o gasto médio dos viajantes passou de R$ 1.706 para R$ 1.843 e que o total de deslocamentos chegou a 20,6 milhões.

Esses números reforçam o peso econômico do trabalho dos agentes e a relevância da Unav em fortalecer a categoria por meio da capacitação e da gestão eficiente. “O agente é o motor que conecta o sonho do viajante à realidade dos destinos”, destacou Slud, ao defender a profissionalização como caminho natural para um turismo mais moderno e competitivo.

A atuação qualificada dos agentes, aliada à integração com parceiros e fornecedores, consolida um modelo de negócios mais sustentável, pautado pela confiança, pela inovação e pelo relacionamento humano, elementos que o Unav360 procurou traduzir em cada experiência oferecida durante o evento.