O preço do querosene de aviação (QAV) na bomba no Brasil é 32,3% mais caro do que nos Estados Unidos, revela um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Além disso, segundo a Abear, os preços do combustível da aviação cobrados pelas refinarias nacionais são 5,1% superiores do que no país norte-americano, o maior mercado doméstico do mundo e referência mundial no setor de aviação.

Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), Environmental Impact Assessment (EIA — entidade da Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea), e Bureau of Transportation Statistics (BTS).
 

Cabe destacar que a alta acumulada no preço do combustível de 1º de janeiro a 1º de dezembro é de 49,6%, segundo dados da Petrobras. Vale enfatizar que só o QAV responde por cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea, além disso, o combustível é precificado como se fosse importado, sendo que mais de 90% desse insumo é produzido no país.

De acordo com Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, esses dados mostram a pressão dos custos estruturais enfrentada diariamente pelas companhias aéreas brasileiras.

“Defendemos a revisão da política de precificação do QAV para que possamos retomar o crescimento da aviação comercial brasileira e seguirmos competitivos nos mercados doméstico e internacional. Apesar da alta dos custos estruturais, as associadas ABEAR comprovam sua resiliência e eficiência ao ampliarem em 12,6% a malha aérea de voos domésticos para a alta temporada de 2022/2023”, afirma.


Leia também: Abear: malha aérea da alta temporada 2022/2023 tem 163,3 mil voos