A Disney pode perder sua autonomia atual de governo local na região de seu parque em Orlando, na Flórida. O status, que transforma o local em uma espécie de distrito especial, pode ser revogado após polêmica envolvendo a empresa e o governador do estado, Ron DeSantis.
A decisão do governo estadual em retirar a autonomia atual da Disney foi desencadeada após uma mudança da legislação da Flórida. Em março, DeSantis assinou uma lei proibindo o ensino de assuntos que se relaciona à orientação sexual e identidade de gênero no ensino fundamental.
Após algumas semanas em silêncio, Bob Chapek, diretor-executivo da Disney, se pronunciou contra a medida aprovada pelo governador. A declaração fez com que o estado, então, cogitasse retirar o auto governo da empresa.
“(A Disney) é uma empresa com sede em Burbank, Califórnia, e usa seu poder econômico para atacar os pais do meu estado. Vemos isso como uma provocação e vamos lutar contra isso”, declarou DeSantis ao assinar a lei, de acordo com a rede NBC.
O distrito especial da Disney, o Reedy Creek Improvement District, foi aprovado em 1967 pelos congressistas da Flórida para facilitar a construção do parque Walt Disney World perto de Orlando.
Ao todo, o parque ocupa um espaço de 100 km² e inclui duas cidades e terrenos nos condados de Orange e Osceola, no centro do estado.
A decisão de anular o estatuto especial levantou dúvidas sobre o futuro da área onde está localizado.
Segundo as leis estaduais, se o distrito especial for dissolvido, a principal consequência é que seus bens e dívidas serão transferidos para os governos locais que circundam o território.
Neste caso, Orange e Osceola podem acumular US$ 2 bilhões em dívidas da Disney.
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