Quase dois meses após discutirem sobre a então recente invasão da Ucrânia pela Rússia, a Organização Mundial do Turismo (OMT) deu seu veredito. No que foi a primeira assembleia extraordinária da entidade, 99 membros informaram a suspensão dos russos. A ação tem efeito imediato.

O encontro de líderes, que aconteceu em Madri, na Espanha, contou com a delegação russa em recusa de defender-se e anunciando a retirada da OMT antes mesmo do debate.

Mesmo assim, a votação prosseguiu e os membros foram a favor da suspensão. O número de votos a favor excedeu o necessário de dois terços da maioria.

OMT
Assembléia Extraordinária realizada em Madri contou com representante do turismo russo (Foto: Divulgação/OMT)

De acordo com Zurab Pololikashvili, secretário-geral da entidade, a posição dos integrantes vai de encontro com a missão da agência conecta às Nações Unidas (ONU).

“O turismo é um pilar da paz e da amizade internacional. Os membros da organização devem defender esses valores ou enfrentar as consequências, sem exceções. Esta Assembleia Geral de emergência mostra que as ações da Rússia são indefensáveis ​​e contrárias aos nossos próprios princípios e da governança internacional”, afirmou.

OMT: consequências

Com a suspensão decretada, a Federação Russa não poderá exercer os direitos ou desfrutar dos privilégios de membro da OMT. Na prática, o destino não poderá:

  • Receber serviços da organização, incluindo assistência técnica;
  • Participação de reuniões ou eventos da OMT;
  • Apresentar candidatos para servir nos órgãos estatutários ou votar nas eleições de órgãos da entidade;
  • Candidatar algum executivo para a função de secretário-geral da organização.

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