A tarifa dinâmica do preço de quartos de hotéis veio para ficar. Durante painel no 4o Fórum Nacional da Hotelaria do Fohb, realizado nesta segunda-feira (12), em São Paulo, o entendimento foi unânime entre os painelistas: a flexibilidade dos valores será uma das principais tendências para o segmento de hospitalidade.

Dentre os painelistas estavam Fabio Mader, diretor-presidente no Grupo Laceres, Marcel Frigeira, gestor de Viagens na IBM, César Nunes, VP de Marketing e Vendas do Fohb, e David Pressler, diretor Comercial da IHG, que foram mediados por Gabriela Otto, presidente da HSMAI Brasil.

A tarifa dinâmica das diárias de hotéis é exatamente o que o nome implica: preços que flutuam conforme a demanda, período do ano, tipo de serviço utilizado pelo hóspede, entre outros, podendo variar, até mesmo, em questão de horas.

Os hoteleiros adotaram a estratégia como forma de fomentar a ocupação com viajantes de lazer durante o período da pandemia da covid-19, principalmente entre 2020 e 2021, que foi comprometida com a queda de movimentação do público corporativo.

Agora, com as viagens de negócios em gradativa retomada junto com a realização dos eventos em hotéis, o debate é manter ou não essa medida até então considerada “emergencial”. 

Para os executivos hoteleiros participantes do painel, adaptações para acomodar o novo perfil consumidor de hotéis vão e devem ser implementadas com a ajuda da tecnologia com sistemas que melhor acomodem o modelo.

“Temos que trazer o aprendizado do lazer e aplicá-lo, também, para o corporativo. Nos últimos dois anos não subimos a tarifa corporativa e não temos como suprir as perdas da pandemia sem subir a tarifa fixa em dois dígitos, por isso estamos vendo com bons olhos as tarifas flexíveis”, disse David Pressler.

“Todos nós, seja agentes, hoteleiros ou companhias aéreas, passamos a pandemia no modo sobrevivência. Agora estamos em momento de recomposição de caixa e a tarifa flexível é um modelo que fica, porque ela é a mais justa para os dois lados, por permitir negociações individualizadas para perfis diferentes de consumidores”, afirmou Fabio Mader.

“Precisamos desmistificar o conceito da tarifa dinâmica se não, em breve, haverá preços fixos mais caros do que o mercado estava praticando antes da pandemia. É preciso ter capacitações para que os hoteleiros entendam os benefícios”, destacou Marcel Frigeira.

“A tecnologia veio para dinamizar a implementação das tarifas dinâmicas, mas ela ainda tem que evoluiu muito para adaptar os sistemas dos hotéis e melhor agregar essa opção”, salientou César Nunes.


Leia também: CNC celebra resultados do Programa Vai Turismo