O Grupo GEA, empresa que oferece uma gama de soluções profissionalizantes para agências de viagens de pequeno e médio porte, aposta fortemente no mercado brasileiro para 2023. Atualmente, a marca espanhola tem 100 clientes no Brasil, com a meta de alcançar mil parceiros nos próximos cinco anos, tendo um chamariz de temporariamente não cobrar pelos serviços.

Com início na Espanha há 27 anos e atuação em Portugal, Argentina e Peru, o Grupo GEA estreou no Brasil em maio, por meio da representação da Interamerican Network. O diferencial da empresa para as demais consultorias e intermediários é a oferta de ferramentas tecnológicas, ações de marketing, administração, assessoria jurídica, criação de websites, entre outras soluções para agências.

Dentre as tecnologias oferecidas estão ferramentas multicanal (omnichannel) para vendas online, fortalecendo produtos de operadoras brasileiras e internacionais para o atendimento aos 5 milhões de clientes das agências parceiras do grupo em todo o mundo.

Os três primeiros meses de operação no Brasil foram de preparação do terreno, com os primeiros acordos de parceria com fornecedores (atualmente, são 15 acordos com marcas globais) e as primeiras agências captadas.

A empresa rentabiliza seu negócio com uma cobrança mensal dos clientes. Porém, como estratégia de captação no novo mercado, a empresa está temporariamente oferecendo os serviços de maneira gratuita para os associados.

A frente do negócio na América Latina está Marcelo Capdevila, que esteve em São Paulo neste mês promovendo um encontro com o trade, apresentando a recém-chegada. O executivo tem convicção no retorno que a empresa gera para os agentes e projeta sucesso.

“As agências pagam uma mensalidade para terem acesso aos nossos serviços, mas, por hora, os parceiros no Brasil ainda não estão tendo custo. Assim que começarem a pagar, elas já vão estar com rentabilidade maior. Todas as agências GEA, globalmente, sempre ganham mais do que de cota mensal que pagam. Caso contrário, devolvemos o dinheiro investido”, disse.

“Faz 30 anos que estou no turismo e há 30 anos escuto que as agências estão acabando. Pelo contrário. Somos cada vez mais. Claro que, hoje, os agentes têm que ser inteligentes e estratégicos para se adaptarem e mudarem seu comportamento, mas o mercado existe e continuará crescendo”, ressaltou.

“Hoje já oferecemos algumas capacitações, que podem ser acessadas online, e até o fim do ano vamos oferecer mais três treinamentos e estamos estruturando nosso primeiro evento, realizando contato com as agências do grupo para que elas possam entender melhor nosso projeto e estrutura”, disse Claudia Bagna, responsável pelo Grupo GEA no Brasil.

Marcelo Capdevila e Claudia Bagna, do Grupo GEA

Marcelo Capdevila e Claudia Bagna, do Grupo GEA

Grupo GEA: o perfil global dos agentes de viagens

Marcelo Capedevila considera que, apesar de distinções culturais e geográficas, as agências de viagens independentes na Europa e na América Latina enfrentam alguns dos mesmos problemas como companhias aéreas com baixa comissão, falta de suporte de fornecedores e a falta de ferramentas por terem uma estrutura enxuta.

Hoje com 600 agências no país vizinho, a Argentina, o executivo espera replicar o modelo dos outros países no Brasil, o qual considera o mercado com o maior potencial no continente sul americano.

“Antigamente, os agentes trabalhavam de uma forma, onde ele atuava em quase todas as frentes da sua empresa, seja RH, marketing, comunicação, financeiro, ou o que seja. Agora, para continuar tendo relevância e competitividade, ele precisa de uma equipe que possa fazer, por exemplo, social media, que saiba converter tecnologia em negócios, que faça a gestão de voos e hotéis online, sendo mais independentes para formar uma equipe comercial para que ele possa crescer”, analisou.

“Outro problema é que com as mudanças e o avanço das agências online, esse agente tradicional perde clientes e não sabem exatamente como reconquistá-los. Oferecemos um manual de ferramentas que permitem a eles fidelizar novos consumidores e fortalecerem seus produtos”, concluiu Capedevila.


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