Incerto. O futuro da aviação no mundo, principalmente no Brasil, não tem uma solução direta e as previsões para 2023 podem não se concretizar. Essa foi a mensagem do painel do Abav MeetingSP, nesta quinta-feira (17), realizado em São Paulo, que reuniu executivos da Azul, Gol e Latam que debateram o cenário para o próximo ano.
O segundo painel do Abav MeetingSP reuniu Aline Mafra (Latam), Anderson Serafim (Azul), Juliane Castiglione (Gol) e Gervásio Tanabe (Abracorp) como moderador.
Anderson Serafim, gerente Comercial Sênior da Azul, foi direto e disse que o cenário incerto é realidade e previsto pela companhia. “A malha aérea pode mudar bastante ainda e não temos como prever preço do dólar ou a estabilidade da economia, que afetam a tarifa dos bilhetes”, salientou.
Vendas de milhas
Outro tema frisado pelos painelistas do Abav MeetingSP foi a compra e venda de milhas aéreas, considerado outro “vilão” para o desenvolvimento do setor, com executivos de alto escalão, como Jerome Cadier, CEO da Latam, publicamente condenando a prática no Brasil.
“É um monstro muito grande. A leitura que fazemos é que se trata de um canal que não foi desenhado para ser assim e que destrói toda a estratégia que desenhamos, que traz um grande desafio para mitigar seus efeitos”, afirmou Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil.
“Não é uma prática saudável e que lutamos para tentar estancar esse segmento que precisamos controlar. Por parte da Gol, adotamos medidas para mitigar emissões com limite por CPF, mas precisamos de mais iniciativas para mitigar esse canal”, apontou Juliane Castiglione, gerente executiva de Vendas da Gol.
Marcos Lucas, vice-presidente da Abav-SP Aviesp, levantou a questão do comissionamento dos agentes de viagens para incentivar as vendas pelos canais convencionais.
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