O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Alagev, demonstra que em fevereiro as despesas estimadas das empresas brasileiras com viagens de negócios registraram um crescimento de 59,5% em comparação com o mesmo período de 2022, atingindo um faturamento de quase R$ 9 bilhões, o mais alto para o mês desde 2015.
De acordo com o estudo, o alto incremendo deve-se ao fato de que no mesmo mês do ano anterior foi considerado o auge de pessoas contaminadas pela ômicron, do coronavírus. Diante da apeensão no país, as empresas tomaram atitudes que prejudicaram o desempenho do segmento corporativo, como postegar e cancelar viagens e eventos.
A movimentação das viagens corporativas, que contabiliza serviços de turismo como meios de hospedagem, alimentação, transportes e agências de viagens, segue em sua trajetória sólida de expansão. Nas cias aéreas o volume de pessoas viajando chegou a um patamar similar ao pré-pandemia, porém as organizações estão pagando um valor acima do que registrado na época, o que contribuiu para a elevação do faturamento. Os meios de hospedagem também indicaram a demanda aquecida.
Segundo o LVC, apesar de os custos ainda estarem elevados em relação ao ano passado, já há sinais de desaceleração e até mesmo recuo de preços em alguns serviços de turismo. Essa tendência, de tarifas mais moderadas, é essencial para que os gestores de viagens das empresas tenham mais previsibilidade e espaço para ampliar e estimular todo o setor.
“No relatório anterior, sobre janeiro, já tínhamos apresentado o melhor desempenho do mês desde 2015 e esse recorde foi batido novamente, quando comparamos fevereiro com o mesmo período dos últimos anos. As agendas de eventos estão lotadas e percebemos a valorização de encontros presenciais”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.
No entanto, para que atinja novos recordes é necesário que o país apresente um crescimento mais forte, com taxas de juros adequadas. Por exemplo, a Selic em 13,75% ano ano é um grande entrave aos investimentos produtivos. Ela deve começar a cair no segundo semestre deste ano e não terá grande efeito para 2023, mas trará ainda mais expectativa para o setor corporativo, que já tem comemorad bons números.
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