A acessibilidade sempre foi vista principalmente pelo fator arquitetônico, ou seja, se os estabelecimentos possuem rampas de acesso e barras de apoio no banheiro. É claro que isso é importante, porém é só uma parte para tornar um local ou serviço realmente acessível. Para facilitar o entendimento, eu divido a acessibilidade em quatro partes: acessibilidade arquitetônica, tecnologia assistiva, atendimento inclusivo e informação sem barreiras.
A acessibilidade arquitetônica é aquilo que a maioria está acostumado, apesar de haver mais detalhes dentro desse assunto. Um local precisa ter uma largura de porta suficiente para que uma cadeira de rodas consiga passar, mas se tiver uma porta com fechamento automático, como aquelas que possuem molas, isso irá dificultar a acessibilidade. Será preciso muita habilidade para abrir a porta e caminhar ao mesmo tempo, para alguém que usa as duas mãos para empurrar uma cadeira de rodas ou caminhar com muletas.
A tecnologia assistiva é o nome dado para o arsenal de equipamentos utilizados para proporcionar acessibilidade. Por exemplo, o Braille é uma tecnologia assistiva, utilizada para dar condições de leitura para quem não enxerga, através do tato. Mas sabia que nem todo cego sabe ler o Braille? Ainda mais atualmente, onde a tecnologia evoluiu, e muitos textos agora podem ser oferecidos de forma digital. Um exemplo disso é o cardápio, agora bastante oferecido de forma digital, através da leitura de um QR Code.
O atendimento inclusivo é muito importante e, ao mesmo tempo, bastante negligenciado. A camareira de um hotel precisa ser treinada para arrumar o quarto de uma pessoa cega. Imagine se ela pendurar a camisa que o hóspede cego deixou em cima da cama, vai confundi-lo totalmente, pois ele memorizou onde tinha deixado, e agora não está mais lá. Nesse caso, o quarto deve ser limpo, mas os objetos não devem ser tirados do lugar.
A informação precisa ser mais bem trabalhada, em vários aspectos. Mas, como exemplo, coloco museus que possuem acessibilidade, mas que não informam isso em seu site. A internet é o principal local de pesquisa, e muitos visitantes com deficiência fazem uma pesquisa prévia para saber da acessibilidade do local, para não correr o risco de fazer uma viagem perdida. Caso não tenha nenhuma informação da acessibilidade, é mais lógico pensar que o local não é acessível, e assim provavelmente ele irá desistir da visita. Isso serve para todos, como hotéis, restaurantes e outros atrativos turísticos, a informação é essencial.
O que passei aqui, é um exemplo básico de um planejamento para uma acessibilidade que realmente funciona. Para fazer isso, é necessário conhecimento e experiência, a acessibilidade deve ser levada a sério, caso contrário o tempo e dinheiro investido trará pouco resultado e isso ninguém quer. Minha dica é, chame um especialista no assunto, e investigue os trabalhos já realizados por ele, para ter certeza de que ele vai oferecer aquilo que você realmente precisa.
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