Com a recuperação total dos mercados domésticos, a demanda por viagens aéreas está ultrapassando o crescimento econômico. Estima-se que o tráfego internacional retorne aos níveis pré-pandemia até 2024.
Aproximadamente metade das novas entregas de aeronaves será destinada à substituição de modelos antigos por versões mais eficientes e sustentáveis, resultando em redução de emissões.
Avaliada em US$ 8 trilhões, a demanda por aeronaves é acompanhada por uma demanda por serviços comerciais estimada em US$ 3,8 trilhões.
O lançamento do novo CMO ocorreu três anos após a imobilização de grande parte da frota global devido à pandemia. Entre os principais dados apresentados, destaca-se que o tráfego de passageiros continua a superar o crescimento econômico global de 2,6%.
Prevê-se que a frota global quase dobre, atingindo 48.600 jatos, com um crescimento anual de 3,5%.
Como parte desse cenário, as companhias aéreas planejam substituir aproximadamente metade de suas frotas globais por modelos novos e mais eficientes em termos de consumo de combustível e desempenho.
“O setor da aviação demonstrou resiliência e adaptabilidade após uma interrupção sem precedentes, com as companhias aéreas respondendo aos desafios, simplificando suas frotas, melhorando a eficiência e capitalizando com a volta da demanda”, disse Brad McMullen, vice-presidente sênior de vendas comerciais e marketing da Boeing. “Olhando para o futuro das viagens aéreas, nosso CMO de 2023 reflete o aumento do tráfego de passageiros vinculado ao crescimento global da classe média, investimentos em sustentabilidade, crescimento contínuo das companhias aéreas de baixo custo e demanda de transporte de carga para atender ao crescimento das cadeias de suprimentos e ao mercado de entrega expressa de carga.”
Até 2042, a Boeing projeta demandas regionais e identifica as principais tendências. Essas projeções e tendências são as seguintes:
- Os mercados da Ásia-Pacífico representam mais de 40% da demanda global, sendo a China responsável por metade desse total.
- A frota do Sul da Ásia terá o maior crescimento anual do mundo, com uma taxa superior a 7%. A Índia será responsável por mais de 90% do tráfego de passageiros nessa região.
- A América do Norte e a Europa contribuirão, cada uma, com cerca de 20% da demanda global.
- As companhias aéreas de baixo custo operarão mais de 40% da frota de aeronaves de corredor único até 2042, um aumento significativo em relação à estimativa de 10% há 20 anos.
- As projeções deste ano incluem dados sobre a Rússia e Ásia Central na região da Eurásia, que correspondem a aproximadamente 3% da frota global até 2042. No relatório anterior, esses dados foram omitidos devido a incertezas na região.
- A área de Serviços Comerciais deve gerar uma receita de US$ 3,8 trilhões, abrangendo soluções digitais para aumentar eficiência e reduzir custos, uma demanda robusta por peças e soluções de cadeia de suprimentos, opções crescentes de manutenção e modificação, bem como treinamento eficaz para aumentar a segurança e apoiar a formação de pilotos e técnicos.
De acordo com as projeções da Boeing para os próximos 20 anos, as estimativas de demanda são as seguintes:
- Aeronaves de corredor único representarão mais de 75% de todas as entregas, totalizando mais de 32 mil novas aeronaves. Esse número é ligeiramente superior à perspectiva apresentada em 2022.
- Jatos de fuselagem larga terão uma participação de quase 20% nas entregas, totalizando mais de 7.400 aeronaves. Esses modelos permitirão que as companhias aéreas operem em novos mercados e atendam às rotas existentes com maior eficiência.
- O transporte aéreo de carga continuará crescendo em ritmo superior ao comércio global. Como resultado, as empresas utilizarão cerca de 2.800 aviões exclusivos para o transporte de cargas. Isso inclui mais de 900 novas aeronaves de fuselagem larga, bem como modelos convertidos de fuselagem estreita e larga.
NOVAS ENTREGAS (2023-2042)
- Jatos regionais
- 1.810
- Aeronaves de corredor único
- 32.420
- Aeronaves de fuselagem larga
- 7.440
- Cargueiros
- 925
- Total
- 42.595
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