O HotéisRio e Abav-RJ criaram uma campanha publicitária educativa para advertir os consumidores sobre os riscos de adquirir pacotes a preços abaixo do mercado. As entidades criaram a campanha após os problemas enfrentados pelas plataformas online de reservas, que causaram transtornos e prejuízos aos hotéis e aos viajantes.
Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIio e conselheiro da Abih-RJ, deixa um importante alerta ao viajante: “Temos visto uma sucessão de problemas com Otas que comercializam pacotes a preços abaixo do mercado e a realidade é que este modelo de negócio não se sustenta, causando grande transtorno, o que resulta na insegurança do viajante, com impacto em todo o mercado. Recomendamos que os turistas se comuniquem com seu hotel de preferência em seus canais próprios ou consultem os agentes de viagem de confiança para não cair em armadilhas que podem destruir o sonho de viagem de toda a família”.
A campanha, assinada pela agência de publicidade Nave MKT, usa o mote “Não pague caro por querer pagar mais barato”. Por meio de peças com um toque de humor, a ação convida o consumidor a refletir antes de adquirir produtos com preços excessivamente atraentes, pois muitas vezes estes podem não ser honrados pelas empresas que os vendeu, deixando o turista sem o serviço contratado.
Luiz Strauss, presidente da Abav-RJ, reforça a importância da conscientização do consumidor e pleiteia aos órgãos competentes a normatização do modelo. “Tal discrepância nas tarifas é causada por um modelo de negócios frágil, que representa a aquisição de um ‘direito de viagem futura’. Porém, os serviços de viagens e turismo são extremamente suscetíveis a efeitos externos como câmbio, tributação, combustível de aviação e a própria oferta e procura, o que pode inviabilizar a sustentação das condições nas quais foram comercializadas anteriormente.”
Strauss, continua: “o cliente precisa ter melhor entendimento sobre o que realmente são as tais ‘viagens flexíveis’ e os órgãos responsáveis, como o MTur, a Anac e mesmo a Senacon/MJ precisam buscar a normatização do modelo. Daí a necessidade urgente de regulação a respeito! Acrescentando que a entidade também não vê com bons olhos o comércio de milhas, pois acaba frustrando o motivo para o qual os programas foram criados.”
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