A Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo e a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência lançaram, nesta quarta-feira (4), uma cartilha eletrônica para promover a acessibilidade no turismo. As orientações são voltadas a gestores públicos de todo o setor em municípios turísticos e incentivam prefeitos e secretários a capacitar as empresas que compõem o setor. A cartilha de turismo acessível é o primeiro material do turismo de SP adaptado às necessidades da pessoa com deficiência.
Além de ser um direito do cidadão, o turismo acessível pode ser rentável porque atende a uma parcela considerável da população, até então excluída de atrativos por falta de acessibilidade nos equipamentos. A cartilha orienta gestores, representantes de meios de hospedagem, de alimentação e transporte a atender bem este público. Há também dicas de segurança para que o turista aproveite a viagem ou o passeio de forma segura, prazerosa e inclusiva. A cartilha pode ser conferida no site da Setur-SP.
Segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, das quais 3,4 milhões vivem em São Paulo, o que representa 8,9% da população. Os idosos também são uma parcela cada vez mais representativa: são 31,2 milhões de pessoas com mais de 60 anos, um crescimento de 39,8% nos últimos dez anos.
Para que a acessibilidade seja de fato colocada em prática, ela deve ser adotada de forma ampla pela rede hoteleira, por prestadores de serviço ligados ao turismo, pelos fabricantes de equipamentos e atividades que atendem o setor. “Nesta cartilha trazemos orientações de como receber bem as pessoas com deficiência, atendendo suas necessidades, valorizando-as e acolhendo-as de maneira a tornar a atividade turística inclusiva e prazerosa”, afirmou Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo.
“A cartilha apresenta informações valiosas que podem auxiliar para uma experiência turística verdadeiramente inclusiva e é mais do que um simples manual: é um convite para a transformação. Todos os cidadãos, com e sem deficiência, têm o direito de explorar e desfrutar das maravilhas que nosso Estado tem a oferecer”, destacou o secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.
A cartilha foi transformada em uma vídeodescrição das imagens, narração do texto, além da tradução em libras. São 42 minutos que orientam sobre como promover, de fato, a inclusão no turismo. A audiodescrição e a linguagem em libras foram sincronizadas no vídeo para que possam ser compreendidas facilmente por pessoas com e sem deficiência.
A acessibilidade é um conceito amplo porque inclui desde a percepção do outro, sem preconceitos e discriminações, chamada de acessibilidade atitudinal, até à acessibilidade arquitetônica, que trata de adaptações físicas nas instalações. No meio delas, há também a acessibilidade metodológica, que inclui os formatos em braile e áudio para guias turísticos; a instrumental, sobre rampas, elevadores, corrimãos, sinalização tátil e sistema de áudio; entre tantas outras.
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