O comparativo entre o número de brasileiros que foi a África do Sul em dezembro de 2022 e dezembro de 2023 indica um aumento de quase 150% nas chegadas. É o maior crescimento entre todos os países fora do continente africano que tem seus números contabilizados.
“É um crescimento admirável, mas não surpreende quem trabalha com o destino aqui no Brasil”, diz Tati Isler, CEO da TI Comunicações, empresa que há 20 anos representa o turismo sul-africano no país. “Sabíamos que voltaríamos ao patamar pré-pandêmico em ritmo acelerado. Quando a Covid paralisou a indústria do turismo em 2020, o Brasil estava a caminho de se tornar um dos países que mais enviava turistas à terra de Mandela. Tendo enviado 80 mil turistas em 2019 e 25 mil só nos três primeiros meses de 2020, o país entrava no Top 5 de principais mercados.”
Os motivos para que a África do Sul seja destino popular para brasileiros são muitos: o valor da moeda (o Real vale quase quatro vezes mais que o Rand), a possibilidade de vida outdoor (praias, safáris, parques, festivais, esportes), o caráter eno-gastronômico (restaurantes estrelados com preços acessíveis, produção premiada de vinhos locais) e a dimensão histórica (Mandela, Museu do Apartheid, Robben Island). Não à toa, diversas celebridades brasileiras tem dado as caras por lá nesse começo de ano, como o casal Virgínia e Zé Felipe, o cantor Leonardo, a apresentadora Valéria Almeida, o tenista Guga Kuerten e a apresentadora Patty Leone.
Agora, com Latam e South African Airways, retomando os voos diretos entre os países, o volume de brasileiros em solo sul-africano deve aumentar ainda mais. “Temos que considerar que o voo é de pouco mais de sete horas entre São Paulo e Cidade do Cabo, distância equivalente a São Paulo-Miami”, lembra Diogo Caldeira, Media Relations Manager da South African Tourism (SAT) no Brasil, “Além disso, ter uma companhia aérea nacional na rota, como a Latam, oferece um conforto extra aos Brasileiros, já que a equipe toda fala português”.
O consolidado do aumento de brasileiros chegando na África do Sul entre janeiro-dezembro de 2022 e janeiro-dezembro de 2023 é de 74,3%. Isler acredita que esses números não pararão de crescer. “Faz 20 anos que trabalho o destino e sei do potencial: vai aumentar muito mais. E hoje o turista tem valorizado as coisas que a terra de Mandela pode oferecer a fartar: afeto, acolhimento, simpatia, empatia. É uma experiência sem igual. Quem vai, volta. E quem não foi, um dia vai”.
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