São Paulo (SP) – Durante o Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, realizado hoje no Novotel Jaraguá, Hubber Clemente, gestor executivo do Fórum São Paulo Afroturismo, abordou a questão do racismo estrutural, definindo-o como uma forma sistemática de discriminação que se baseia na raça e se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que resultam em desvantagens ou privilégios para diferentes grupos raciais.
O profissional destacou que, assim como em outros setores da sociedade, o turismo também reproduz o racismo presente na sociedade, e enfatizou a importância de ações concretas para mudar essa realidade. “O afroturismo é uma oportunidade para promover a inclusão e o protagonismo negro na indústria do turismo”, ressaltou Clemente durante o painel.
Clemente ressaltou a necessidade de conscientização e ação por parte das empresas do setor turístico, afirmando que a mudança só ocorrerá quando elas se comprometerem em capacitar e promover a diversidade racial. Apesar do apoio da secretaria ao afroturismo, ele enfatizou que ainda são poucas as ações concretas nesse sentido por parte do mercado. “Precisamos de ações concretas para mudar essa realidade. É fundamental que as empresas do setor se comprometam com a diversidade racial e tomem medidas efetivas para combater o racismo estrutural”, declarou Clemente.
Além disso, o painel do Expo Fórum Visite São Paulo discutiu o potencial do afroturismo e seu impacto positivo na comunidade negra. Clemente destacou a Feira Preta como um exemplo de sucesso, enfatizando que produtos bem elaborados e focados no bem-estar e na segurança da comunidade negra podem gerar inclusão e protagonismo. Ele concluiu que o afroturismo é para todos, mas sua essência está em promover a inclusão e o empoderamento da comunidade negra. “O afroturismo não apenas promove a inclusão, mas também fortalece a identidade e o empoderamento da comunidade negra”, afirmou Clemente.
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