Nesta quarta-feira (29), a TAAG Linhas Aéreas e a AirlinePros reuniram agentes de viagens e jornalistas para um bate-papo no Restaurante La Caballeriza, em São Paulo (SP). Na ocasião, a companhia aérea angolana e seus representantes brasileiros apresentaram as novas lideranças da empresa, como Nelson Olivera, CEO da TAAG, e Nowel Ngala, administrador Executivo do Pelouro Comercial da TAAG. Também estavam presentes o Shreyas Nanavati, CEO da AirlinePros, e o Altamiro Medici Serverino, gerente regional da AirlinePros no Brasil, entre outros executivos e autoridades de Angola.

Engenheiro formado em Gestão de Empresas, com especialização no setor aéreo, Oliveira chegou ao cargo de CEO em dezembro do ano passado, após mais de 40 anos de empresa, indo de técnico de Manutenção até a diretoria. “Me encontro nesse novo desafio a poucos meses e estruturamos essa nova fase da empresa em alguns pilares, que buscam reforçar nossa relação com os colaboradores, ampliar a frota e a conectividade e nos posicionar estrategicamente na região”, pontua.

“Além de pagar nossos trabalhadores, precisamos dar-lhes dignidade e fazê-los sentir que um emprego em uma companhia aérea é um trabalho de seleção, respeito e responsabilidade”, afirma Oliveira. “É nossa tarefa garantir conforto aos nossos trabalhadores para que eles, com alegria, possam devolver a empresa um trabalho digno. Afinal, para que nossos passageiros sintam que estão em boas mãos, é necessário um trabalhador feliz”, declara o CEO da TAAG.

No que se refere a conectividade, a Angola inaugurou recentemente mais um aeroporto em Luanda, com capacidade de receber 15 milhões de passageiros, se tornando o novo hub da companhia. “Em seu auge, no pico de 2019, a TAAG chegou a transportar mais de 1,5 milhões de visitantes. Nossa missão agora é duplicar isso, chegar em 3 milhões por ano imediatamente. Para isso, no entanto, precisamos de máquinas. A partir de julho, começaremos a receber os primeiros Airbus A220 dos 15 que encomendamos deste modelo, que servirão para ampliar nossa conectividade regional”, explica Oliveira.

Exploração da posição geográfica estratégica também é um dos objetivos da empresa para ampliar sua competitividade no mercado africano. “Nós nos encontramos em uma localização muito boa, praticamente no centro do continente. Todos os voos de Luanda para o norte, oeste e sul da África demoram menos do que três horas. Além disso, a região em torno da Angola é escassa de boas companhias aéreas, sendo os nossos verdadeiros competidores as companhias da Etiópia e da África do Sul”, conta Oliveira.

O objetivo final, segundo o CEO, é tornar a TAAG uma companhia aérea de preferência. “Após os tumultos da Covid-19, estamos nos reestruturando e firmando diversos contratos com fornecedores de aeronaves e interiores. Isso inclui o acordo com a Boeing para receber dez 787 Dreamliner até o final de 2026, com o primeiro sendo entregue ainda este ano. Nossa expectativa é que em três ou quatro anos, a TAAG tenha dobrado sua frota de 21 aeronaves para mais de 40. Só poderemos competir com gigantes, nos tornando um gigante”, destaca Oliveira.

Oliveira ressalta ainda que a TAAG é uma empresa estatal da Angola, portanto além de buscar negócios, a empresa conta com uma missão interna a ser conquistada. “Temos o objetivo de transportar os cidadãos do nosso país internamente, de forma fácil e com preços mais baixos. Queremos que os angolanos fiquem habituados a utilizar transporte aéreo e a partir disso, alavancarmos a nossa empresa no mercado internacional, tornando Luanda um hub conectado com São Paulo”, conta o CEO da companhia, que reuniu agências de viagens da República Democrática do Congo recentemente.

Por fim, Ngala, que não fala português, concluiu a apresentação em inglês. “Este evento tem a função de mostrar que a companhia se encontra num processo de transformação e reestruturação. De todo o nosso portfólio, o Brasil é o terceiro mercado mais importante e queremos melhorar essa conectividade. Para isso, dependemos muito dos nossos parceiros agentes, que já fizeram muito por nós. Temos muito trabalho a frente e buscamos levar pessoas de todos os lugares do mundo para a África, para Angola e para o Brasil”, finaliza.