Após o painel das operadoras, o Workshop ValorizaSP também contou com uma palestra de Marina Figueiredo, presidente executiva da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). Com o tema “Incentivo a Comercialização”, a líder da entidade apresentou a atuação da associação, destacou os principais resultados do Anuário Braztoa 2023 e discorreu sobre o papel das operadoras no desenvolvimento dos destinos turísticos paulistas.
Conforme divulgado anteriormente, o faturamento total das operadoras associadas à Braztoa foi de R$ 19,24 bilhões em 2023, sendo o mercado nacional foi responsável por 60% desse valor. “Esse número deixa claro que o Brasil segue sendo destaque dos turistas mesmo com as fronteiras abertas, registrando os maiores resultados da história da associação desde 2010. No ano passado, contamos com um crescimento de 122% no segmento nacional, que é um dado bastante expressivo e estamos buscando entender isso um pouco melhor. Em nossa avaliação, é evidente que o turista está ficando ficando cada vez mais no Brasil e realizando viagens cada vez mais longas”, analisa Marina.
Entre outros dados já revelados, como os 11,8 milhões de embarques registrados em 2023 – crescimento de 40,5% e 74% para destinos nacionais – Marina destaca que é a primeira vez que São Paulo capital ficou em primeiro lugar entre os destinos mais vendidos pelas operadoras associadas. Além de denotar o sucesso das ações propostas pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo (Setur-SP), assim como a Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (Abav-SP | Aviesp) e a São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPC&VB), a presidente da Braztoa destaca que o resultado demonstra o potencial do estado de São Paulo para além do corporativo.
Marina destaca também que o viajante brasileiro têm utilizado diversos canais para reservar suas viagens de lazer nacionais, especialmente agências de viagens, com embasamento em um levantamento da TRVL Lav de 2022. 60,87% dos viajantes destacam que pretendem buscar por reservas por meio de agências de viagem online (OTAs), e/ou buscadores, 55,07% por agências de viagens, 18,81% em lojas físicas, 44,44% diretamente com fornecedores, e 11,59% solicitar para assistente/secretário(a).
“Investir em um canal não te faz perder clientes do outro”, pontua Marina. “Portanto, quando falamos de investir em agências e operadoras, estamos salientando que ao focar apenas no canal direto, você perde uma grande parcela do público. Afinal, os agentes e operadores são vistos como facilitadores de viagens e seu papel está diretamente ligado com a distribuição dos destinos. Eles acessam novos mercados, ampliam a capilaridade e a escalabilidade de forma diversificada, entendem os nichos de cada segmento e servem como vitrine para os destinos”, continua a presidente.
Com isso, Marina questiona a relação de custo-benefício de deixar de contar com o apoio dos agentes e operadores, afinal “Quanto tempo e trabalho seria necessário para fazer tudo isso sozinho?”, questiona a executiva. “Muito além dos números e da distribuição, os operadoras também são grandes parcerias estratégicos que agregam valor aos produtos. Eles ajudam no desenvolvimento de novos destinos, abrem novos mercados, geram demandas, mitigam a sazonalidade, compartilham conhecimento, capacitam agentes e fornecedem feedbacks de seus clientes”, finaliza.
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