De acordo com estatísticas da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), nos últimos três anos houve crescimento de 76,5% no total de carros alugados para motoristas de aplicativos no Brasil. O salto, em números absolutos, foi de 170 mil veículos locados nessa modalidade em meados de 2021, para mais de 300 mil agora, no segundo semestre de 2024.
A frota total das locadoras no Brasil chegou a 1.570.820 automóveis e comerciais leves ao final de 2023. “Portanto, os mais de 300 mil carros locados para quem trabalha com aplicativos representam atualmente entre 18% e 20% de todos os carros das locadoras no país”, calcula Marco Aurélio Nazaré, presidente da Abla.
Segundo ele, essas estatísticas mostram que cada vez mais profissionais, ao fazerem contas, concluem que o aluguel é mais econômico do que trabalhar com carro próprio. “Despesas para o licenciamento, emplacamento, IPVA, para busca e compra de peças e até com mecânicos ficam com a locadora”, explica o presidente da associação setorial.
Paulo Miguel Júnior, vice-presidente da Abla, acrescenta que o potencial de aluguel de carro para esses motoristas também é influenciado pelo preço dos combustíveis e pelas tarifas dos próprios aplicativos. “Cenários sem aumentos repentinos nos postos, assim como políticas tarifárias dentro da realidade da economia brasileira, praticadas pelo Uber e 99, também são importantes para a locação”.
Outro fator apontado pela entidade setorial para a demanda por essa modalidade de aluguel é que, com ela, os motoristas deixam de gastar quantias elevadas de uma vez para dar entrada ou comprar carros à vista. E, ainda, com o aluguel o profissional transfere para a locadora o custo da depreciação que o automóvel sofre ao longo do tempo.
Por fim, se o carro alugado quebrar, um veículo reserva geralmente já está incluído nos contratos. “A continuidade do trabalho nos casos de colisões, pane mecânica ou mesmo pane elétrica é fundamental nesse tipo de atividade, na qual o profissional somente obtém rendimentos quando não está parado”, completa Paulo Miguel Júnior, da Abla.
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