São Paulo (SP) – A Chubb, identificando uma parcela potencial de mercado, deu início a um novo passo: a venda direta de seguros de viagem. Tradicionalmente, esses seguros eram adquiridos principalmente por meio de agências de viagens – que, atualmente, corresponde a 25% do mercado da empresa – e corretores, mas identificou-se uma oportunidade de atender um novo público que não era plenamente alcançado pelos canais tradicionais.
“Existe uma fatia que não estava sendo atendida, aquele cliente que contrata direto e muitas vezes não atenta para a necessidade do seguro. Então, a gente tenta preencher essa lacuna”, explica Leandro Martinez, presidente da Chubb Brasil.
A venda direta, segundo eles, é uma resposta a essa lacuna no mercado, permitindo que o consumidor adquira seu seguro de forma mais rápida e conveniente, diretamente com a seguradora.
Helen enfatiza, no entanto, que essa inovação não significa que os corretores de seguros perderão espaço. “É sempre importante lembrar que o distribuidor clássico do seguro no Brasil é o corretor de seguros. Ele desempenha um papel importantíssimo, principalmente no sentido de diminuir a assimetria de informação entre segurado e seguradora. Ele faz essa consultoria personalizada, especialmente no caso de seguros mais complexos, orientando o segurado sobre qual é o seguro ideal para ele”, reforça.
O novo Seguro Viagem com venda direta da Chubb no Brasil (Direto ao Consumidor – DTC) oferece uma cobertura abrangente que inclui assistência médica, proteção contra cancelamentos de voos, perda de bagagem e outros serviços essenciais para proteger as experiências, o tempo e o investimento dos viajantes. “Mais brasileiros agora podem contar com a Chubb para proteger suas experiências de viagem e garantir que elas sejam inesquecíveis pelos motivos certos. Esperamos que todos os que viajam em busca de aventura retornem para casa com boas lembranças e experiências enriquecedoras”, concluiu Leandro.
A pandemia de Covid-19 foi um fator que impulsionou essa mudança. “A pandemia deixou isso de herança, essa sensibilidade para ouvir que de fato imprevistos podem acontecer. Se não é a Covid-19, pode ser outra coisa”, comenta Helena Cunha, diretora de Seguro Viagem e Acidentes Pessoais.
Ainda de acordo com o s executivos, era mais difícil convencer os consumidores da importância do seguro de viagem antes da pandemia.
“A Covid-19 trouxe a morte para perto de todo mundo. As pessoas começaram a se preocupar mais. Foi aquele choque de realidade, e, querendo ou não, isso aumentou a percepção subjetiva de risco”, salienta Martinez.
A nova abordagem da Chubb também reflete uma estratégia mais ampla da empresa, que envolve o uso intensivo de tecnologia e análise de dados. “Nós somos uma companhia de subscrição, então dado e análise de dados estão no nosso DNA. Com isso, conseguimos entender as tendências de sinistralidade e desenvolver seguros que se adequem à realidade das pessoas nos diferentes lugares onde elas estão”, afirma o presidente.
Além disso, a empresa está de olho em tendências de mercado e novas formas de distribuição que complementem os canais tradicionais. “A gente fortalece quem já faz hoje por esse meio, que é um meio consolidado e de acesso, e também buscamos alcançar aquele cliente que ou viaja sem seguro ou nunca parou para pensar nisso, ou ainda acha que está coberto e não está”, complementa Helena, referindo-se ao público que prefere organizar suas viagens de maneira independente e, muitas vezes, não considera a contratação de um seguro.
Apesar da nova abordagem, a Chubb deixa claro que não se trata de uma forma de se afastar do mercado B2B. “O trabalho é muito a quatro mãos com o parceiro que eu tenho hoje, e esse parceiro conhece e entende a necessidade do agente de viagens, fomentando a venda”, comenta a diretora, destacando que a relação com esses profissionais continuará sendo próxima e colaborativa.
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