A companhia aérea FlyEgypt solicitou o encerramento de suas operações, mas teve seu pedido de liquidação negado pela Autoridade de Aviação Civil do Egito (ECAA). Segundo o órgão regulador, a FlyEgypt precisa regularizar suas dívidas nacionais e internacionais antes de avançar com o processo de encerramento. Fundada em 2014 e operando desde fevereiro de 2015, a empresa anunciou a suspensão de todos os voos em 21 de outubro, após cancelar operações nos aeroportos internacionais do Cairo e de Sharm El Sheikh.
Entre as dívidas internacionais da FlyEgypt estão pendências com operadores turísticos da Alemanha e Itália, além de compromissos não cumpridos com empresas de leasing de aeronaves. No mercado doméstico, a companhia deve valores à Egyptian National Air Navigation Services Company, a diferentes aeroportos egípcios e aos próprios funcionários, incluindo débitos com a seguridade social. A Autoridade de Aviação Civil enfatizou que, de acordo com a regulamentação egípcia, o pedido de liquidação da FlyEgypt só poderá ser aprovado após a resolução dessas obrigações.
Antes de seu declínio, a FlyEgypt operava uma frota de nove aeronaves, que foi progressivamente reduzida para apenas um Boeing 737-800 em atividade. A companhia, que tinha uma operação ampla com voos para destinos na África, Europa, Oriente Médio e Ásia Central, está agora fora de operação.
A crise financeira que afeta a FlyEgypt reflete um cenário difícil para diversas empresas aéreas neste ano, incluindo Air Malta e FlyArna, da Armênia, que também entraram com pedidos de falência. No Canadá, as companhias Lynx Air e Canada JetLines encerraram suas atividades, destacando uma recuperação ainda instável no setor de aviação após a crise pandêmica.
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