A África do Sul anunciou que lançará oficialmente seu novo sistema de Autorização Eletrônica de Viagem (ETA, na sigla em inglês) em setembro de 2025. Voltada para turistas que pretendem permanecer no país por até 90 dias, a iniciativa tem como objetivo digitalizar o processo de solicitação de visto e torná-lo mais eficiente, seguro e ágil.
Apresentado ao presidente Cyril Ramaphosa pelo ministro do Interior Leon Schreiber, o ETA integra a estratégia nacional de transformação digital dos serviços públicos, especialmente nos processos imigratórios. “Foi um privilégio demonstrar ao presidente o futuro digital do nosso sistema de imigração. O ETA é um sistema baseado em inteligência artificial que eliminará fraudes e ineficiências — para sempre”, destacou Schreiber, em publicação oficial no dia 12 de junho.
Durante o discurso do Estado da Nação em fevereiro, Ramaphosa já havia antecipado a novidade. “Este ano, lançaremos um sistema de Autorização Eletrônica de Viagem para viabilizar um processo de visto totalmente digital e seguro”, declarou na ocasião.
A previsão é de que o ETA comece a operar nos principais aeroportos internacionais da África do Sul até o fim de setembro. A solicitação será feita online e o visto eletrônico poderá ser armazenado no smartphone do viajante, ao lado de documentos como cartões de embarque e comprovantes de hospedagem.
“Este não é um protótipo. Este é um visto ETA real, emitido online em segundos, armazenado no meu celular”, afirmou o ministro.
A medida, no entanto, levanta dúvidas quanto ao futuro do atual sistema e-Visa, utilizado desde 2019 por viajantes de mais de 30 países. Até o momento, o Ministério do Interior não esclareceu se a nova plataforma substituirá o portal existente ou se ambos funcionarão paralelamente.
A longo prazo, o governo pretende expandir o ETA para todas as categorias de vistos, tornando-o o único canal oficial de entrada para o país. “Estamos construindo uma revolução na prestação de serviços, impulsionada por tecnologia. Nosso compromisso é entregar sistemas de classe mundial que assegurem eficiência, segurança e dignidade para todos”, concluiu Leon Schreiber.
Em abril deste ano, Moçambique instaurou o uso do ETA e, logo em seguida, suspendeu por problemas técnicos na plataforma de solicitação.