Um poderoso terremoto de magnitude 8.8 sacudiu a costa da Península de Kamchatka, no Extremo Oriente da Rússia, nesta quarta-feira (30). O abalo sísmico foi registrado a cerca de 125 km ao sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, a uma profundidade de 19,3 km, segundo o Serviço Geológico dos EUA. O tremor disparou alertas de tsunami em diversas regiões do Anel de Fogo do Pacífico, incluindo Japão, Alasca, Havaí e várias ilhas do Pacífico.
Embora ondas de até 4 metros tenham sido registradas em Kamchatka, o Japão e os demais territórios emitiram alertas preventivos. Milhares de moradores e turistas foram evacuados para zonas seguras, com destaque para a ação coordenada de governos locais e sistemas de emergência multilíngues, que evitaram fatalidades até o momento. Os procedimentos afetaram diretamente o Turismo e colocaram à prova a resiliência das infraestruturas de viagem em países altamente visitados.
Japão: resposta exemplar gera confiança, mas provoca cancelamentos
A costa leste do Japão, de Hokkaido à Prefeitura de Wakayama, foi colocada em alerta de tsunami. Com base nos sistemas de alerta antecipado e protocolos de evacuação já ensaiados, hotéis, estações e aeroportos agiram com rapidez. Ainda assim, operadores turísticos relataram cancelamentos e check-outs antecipados, especialmente em destinos costeiros. A interrupção em plena temporada de verão provocou perdas localizadas, mas a confiança no sistema de segurança japonês manteve a reputação do país como destino preparado.
Kamchatka: retrocesso no ecoturismo e necessidade de reestruturação
A região de Kamchatka, que nos últimos anos vinha se firmando como polo de ecoturismo na Rússia, sofreu impactos significativos. Três trilhas foram interditadas, cruzeiros foram cancelados e o turismo de aventura foi interrompido por tempo indeterminado. Segundo o portal Travel and Tour World, as autoridades já anunciam campanhas de recuperação com vouchers, parcerias com operadoras e reforço em certificações de segurança ambiental para atrair visitantes após o susto.
Havaí e Pacífico: evacuação rápida, impacto leve e recuperação em curso
No Havaí e nas ilhas do Pacífico, como Guam e as Marianas do Norte, os alertas de tsunami foram emitidos e depois suspensos, sem registro de danos. Houve evacuação preventiva de áreas costeiras e suspensão temporária de atividades turísticas, mas os impactos econômicos foram mínimos. As empresas de turismo marítimo retomaram as operações ainda no mesmo dia, e a movimentação de turistas retornou rapidamente, segundo os conselhos de turismo locais.
Lições para o turismo: preparação, transparência e comunicação multilíngue
A crise demonstrou a importância da preparação em destinos turísticos de risco geológico. No Japão, alertas foram emitidos em inglês, russo, coreano e mandarim; hotéis assumiram o papel de centros de evacuação; agências de turismo se mobilizaram para orientar estrangeiros. Esses esforços preservaram vidas e ajudaram a manter a confiança internacional.