A necessidade de reformas ficou evidente após um alerta feito por Laurence des Cars, presidente-diretora do museu, em 13 de janeiro. Em um comunicado à ministra da Cultura, Rachida Dati, ela ressaltou problemas como “multiplicação de defeitos em espaços às vezes muito degradados” , “equipamentos técnicos obsoletos” e “oscilações de temperatura preocupantes” que afetam a conservação das obras.
O plano denominado “Novo Renascimento para o Louvre” prevê a criação de uma nova entrada na Colunata de Perrault, situada na fachada leste do museu. O projeto será escolhido por meio de um concurso internacional de arquitetura.
A pirâmide de vidro, atual entrada principal projetada por Ieoh Ming Pei e inaugurada em 1988, foi originalmente planejada para receber quatro milhões de visitantes por ano. No entanto, apenas em 2024, o Louvre recebeu nove milhões de visitantes, sendo 80% estrangeiros. Com as mudanças, a expectativa é que o número de visitantes chegue a 12 milhões anuais.
Sala exclusiva para Mona Lisa
Entre as principais novidades está a criação de um espaço dedicado exclusivamente à Mona Lisa, permitindo que a obra seja visitada separadamente do restante do museu. A sala terá um ingresso próprio, em uma área privada, buscando melhorar a experiência dos visitantes e reduzir a superlotação. Atualmente, cerca de 20 mil pessoas passam diariamente pela Mona Lisa, muitas registrando o momento com celulares, o que gera cenas constantes de aglomeração em frente ao quadro renascentista.
Para financiar parte do projeto, o governo francês pretende aumentar o preço do ingresso para turistas de fora da União Europeia a partir de 2026.
