A Boeing divulgou nesta quarta-feira (23) os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, revelando um prejuízo líquido de US$ 37 milhões, número significativamente inferior ao resultado negativo de US$ 355 milhões no mesmo período do ano passado. As informações são do portal InfoMoney.
O desempenho da fabricante americana de aeronaves surpreendeu positivamente o mercado, especialmente no que diz respeito à receita. O faturamento da companhia cresceu 18% em relação ao primeiro trimestre de 2024, alcançando US$ 19,5 bilhões. O número ficou ligeiramente acima da estimativa da FactSet, que projetava US$ 19,38 bilhões.
Mesmo com o resultado líquido negativo, o prejuízo ajustado por ação foi de US$ 0,49, bem abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam uma perda de US$ 1,18 por ação. O resultado foi recebido com entusiasmo pelo mercado financeiro: às 8h42 (horário de Brasília), as ações da Boeing registravam alta de 4,41% no pré-mercado da Bolsa de Nova York.
Apesar dos avanços, o fluxo de caixa livre (FCL) operacional da empresa continuava no vermelho ao fim de março, com saldo negativo de US$ 2,3 bilhões. No entanto, as encomendas em carteira somavam expressivos US$ 545 bilhões, o que representa uma sinalização positiva para os próximos trimestres.
O desempenho do primeiro trimestre marca um sinal de recuperação para a Boeing, que tem enfrentado anos desafiadores, tanto por questões operacionais quanto pela retração global do setor aéreo nos últimos anos. O crescimento de receita pode estar ligado à retomada gradual da demanda por aeronaves comerciais e ao avanço em contratos com o setor de defesa e espacial.
Mesmo com os números ainda abaixo da linha de lucro, os analistas avaliam que o trimestre traz uma perspectiva mais otimista. O corte no prejuízo, somado ao aumento de receita e à forte carteira de pedidos, indica uma recuperação gradual da saúde financeira da companhia — especialmente diante do aumento da confiança dos investidores refletido no comportamento das ações.
A expectativa agora se volta para os próximos trimestres, com o mercado acompanhando o ritmo de entregas da Boeing, os avanços em produtividade e os desdobramentos do fluxo de caixa, que ainda representa um ponto de atenção.