Foz do Iguaçu (PR) – A Azul Viagens está acelerando sua expansão no segmento internacional, apoiada pelo crescimento da malha aérea da Azul e pela construção de um portfólio mais robusto com voos próprios e produtos de outras companhias. Durante coletiva no evento Agente Tá On na Estrada, em Foz do Iguaçu, a head da operadora, Giuliana Mesquita, e o gerente de Produtos Internacionais, Phelipe Toledo, compartilharam os números mais recentes do desempenho da empresa, além das estratégias que visam consolidar sua posição no mercado global.
O dado que mais chamou atenção foi o crescimento de 154% no faturamento internacional da Azul Viagens em 2024, impulsionado principalmente pela entrada de novos destinos e pela diversificação do inventário com voos de companhias parceiras. Já no primeiro trimestre de 2025, mesmo com uma base mais consolidada, o crescimento continuou em alta: 29% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Destinos como Orlando, Fort Lauderdale e Buenos Aires são os carros-chefes dessa expansão. Só Orlando registrou um aumento de 82% no volume de vendas ano contra ano, consolidando-se como principal destino internacional da operadora. A performance combinada da América do Norte mostra um avanço de 79%, enquanto destinos fora da malha da Azul, como Chile, Nova York e Buenos Aires, cresceram 75% em relação ao mesmo período de 2023.
Segundo Toledo, a Azul Viagens ainda não começou a operar com tarifas negociadas diretamente com as companhias aéreas parceiras, o que representa uma oportunidade adicional para tornar os pacotes ainda mais competitivos. “Hoje consumimos tarifas via consolidadores. Quando tivermos acordos diretos, poderemos melhorar preços, margens e a atratividade das nossas ofertas para o cliente final”, destacou.
No que diz respeito à Europa, a Azul mantém rotas próprias para Lisboa, Madrid e, mais recentemente, Porto, mas optou por pausar temporariamente a operação para Paris, em um movimento descrito como “otimização de malha”. Giuliana explicou que a decisão não indica um recuo, mas sim um ajuste estratégico. “Nosso objetivo é fazer bem feito com os destinos em operação. Para conquistar uma base nova, é preciso estabilidade e foco. A pausa em Paris é momentânea, e seguimos atentos às oportunidades”, afirmou.
A Azul Viagens também tem apostado em complementar o seu portfólio com voos de outras companhias, visando oferecer opções mais amplas às agências multimarcas e, principalmente, às lojas próprias, que operam exclusivamente com o inventário da operadora. “É uma forma de garantir competitividade e presença onde a Azul não voa diretamente, sem perder a identidade da nossa entrega”, disse Giuliana.
A expectativa é que, com o avanço nas negociações diretas com companhias parceiras, a Azul Viagens amplie sua malha internacional indireta, oferecendo mais destinos, melhores tarifas e maior flexibilidade para os agentes de viagens. “Queremos que nosso portfólio internacional seja tão competitivo quanto o nacional, com sinergia entre aéreo e terrestre. É um pilar estratégico da Azul Viagens para os próximos anos”, finalizou Phelipe.