Desde 2015, a Azul organiza todos os anos uma ‘Malha de Inverno’, prevendo possíveis casos de extremos climáticos. A companhia aérea é a única no Brasil a modificar o planejamento para diminuir os impactos operacionais causados pelas condições adversas comuns entre maio e setembro.
A iniciativa resultou em uma redução significativa de 19% nos cancelamentos de voos durante o período, comparando os anos de 2022 e 2023. No Rio Grande do Sul, cidades como Chapecó e Caxias do Sul tiveram os melhores resultados, a primeira foi de 20 para 11 cancelamentos. Já a segunda reduziu de 14 para 10. Já o aeroporto de Cascavel, no Paraná, reduziu de 27 para 23 cancelamentos.
Hoje, o projeto é liderado pela gerente de Planejamento de Malha, Beatriz Barbi, que é geógrafa pela Unicamp e mestre em Climatologia. Ela explica que a construção dessa malha especial exige análises de dados meteorológicos dos anos anteriores, projeções e uma pesquisa minuciosa sobre como está a infraestrutura dos aeroportos que costumam ser impactados. Essas informações são importantes na hora de tomar decisões estratégicas, como ajuste de equipamentos, horários e eventuais cancelamentos.
“A Malha de Inverno tem como objetivo tornar a experiência do cliente Azul melhor e evitar transtornos causados pelo tempo e fechamento de aeroportos. É um trabalho iniciado quase seis meses antes de sua operacionalização, acompanhando dados históricos da meteorologia de cada cidade. Ajustamos os horários dos voos de acordo com os períodos de menor criticidade e mudamos o equipamento utilizado em alguns voos”, contou Barbi.
Agora, a empresa está desenvolvendo internamente uma nova ferramenta que visa oferecer relatórios mais detalhados e capazes de atuar em diferentes cenários. Será possível acompanhar com ainda mais precisão os impactos sofridos por cada bases. Essa ferramenta, além de ser útil para a temporada de inverno, também poderá ser aplicada em outras épocas do ano e em análises específicas por região.
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