A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) apresentou nesta quinta-feira (29), durante o Expo Fórum Visite São Paulo 2025, a nova edição do Olhar Braztoa – Dados e Cenários das Viagens de Lazer. O levantamento revelou que São Paulo foi, pela primeira vez, o destino de lazer mais vendido pelas operadoras associadas à entidade.
“Em 2023, tivemos a alegria de ter São Paulo como o destino de lazer mais comercializado pelos operadores da Braztoa”, afirma Marina Figueiredo, presidente executiva da entidade. Segundo ela, dos quase 12 milhões de passageiros embarcados pelas operadoras associadas no ano passado, cerca de 60% viajaram dentro do Brasil. “São Paulo liderou o ranking à frente de destinos tão consolidados do Nordeste brasileiro. Mostrou que também pode ser um destino importante de turismo de lazer, não só de negócios e eventos”, complementa.
Com 56 operadoras associadas e um grupo de parceiros estratégicos, a Braztoa atua na representação institucional e na promoção do setor. “Temos uma posição forte de apoio, valorização e desenvolvimento do turismo como um todo. E, nesse caminho, encontramos parcerias fundamentais, como com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo e o Visite São Paulo”, destaca Marina.
Além dos dados de embarques e faturamento do anuário, o Olhar Braztoa aprofunda as experiências de viagem em alta, antecipando tendências e preferências do consumidor. “Queremos entender o que o brasileiro está buscando, o que está em destaque na prateleira dos operadores. Mais do que dados, são oportunidades para os destinos criarem novos roteiros e experiências”, declara.
A publicação identificou dez destaques para 2025, sem ordem de importância:
1. Personalização das viagens
“O turista quer um produto que faça sentido, uma experiência que pareça única e exclusiva”, afirma Marina. Segundo ela, mesmo produtos de prateleira estão sendo adaptados para atender a esse desejo.
2. Experiências imersivas
“A ideia não é mais só visitar um monumento, mas interagir com a cultura, gastronomia e história local”, diz. Em São Paulo, segundo ela, há oportunidades de vivência com autenticidade, o que tem impulsionado o interesse.
3. Turismo gastronômico e enoturismo
“A gastronomia deixou de ser apenas uma pausa para refeição e se tornou protagonista”, comenta. Ela destaca que muitos viajantes escolhem primeiro o restaurante antes do hotel. “Rotas como a dos sabores, do vinho, do café e da cerveja têm sido cada vez mais buscadas”, completa.
4. Turismo de luxo
“O novo luxo está ligado à exclusividade e personalização, não necessariamente ao valor elevado”, explica Marina. Ela cita experiências em grupos pequenos, serviços privativos e hospedagens com atendimento diferenciado.
5. Turismo ligado a eventos esportivos
“O esporte e o turismo estão cada vez mais conectados. A Fórmula 1 e maratonas são exemplos de eventos que atraem visitantes, que estendem sua estadia e exploram o destino”, aponta.
6. Turismo de descanso
“A pandemia reforçou o desejo por momentos de relaxamento e reconexão, especialmente em cidades do interior”, observa.
7. Turismo de natureza e aventura
“O contato com a natureza segue como motivador forte, seja em atividades radicais ou em busca de paz e tranquilidade”, afirma.
8. Turismo de bem-estar
“Esse segmento aparece pelo segundo ano consecutivo entre os mais buscados. Não se limita ao turismo religioso, mas envolve espiritualidade e autocuidado”, destaca.
9. Turismo voltado a fenômenos naturais
“A aurora boreal é o exemplo mais conhecido, mas há uma demanda crescente por viagens em busca de eclipses, constelações e outros fenômenos únicos”, relata.
10. Turismo sustentável
“O turista está atento ao compromisso do destino com a sustentabilidade. Isso já pesa na decisão de viagem, principalmente entre os mais conscientes”, enfatiza.
Além dos destaques em comercialização, Marina anunciou que a nova edição do anuário Braztoa será lançada nos próximos meses e reforçou a importância da inteligência de mercado como ferramenta estratégica. “O Olhar Braztoa traz uma perspectiva brasileira às tendências globais, com base na prática dos nossos associados e no desejo real dos viajantes”, conclui.