A circulação do vírus da gripe aviária (H5N1) foi confirmada no Zoológico de Brasília após a análise laboratorial de um irerê – ave silvestre encontrada morta no local em 28 de maio. O diagnóstico foi emitido pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (LFDA-MAPA), em Campinas (SP), e anunciado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) na noite desta terça-feira (4).
Diante da confirmação, a administração do zoológico decidiu manter o parque fechado ao público pelo menos até o dia 12 de junho, conforme determinação conjunta com o Ministério da Agricultura. A medida faz parte do protocolo de contenção e vigilância do vírus, que inclui monitoramento contínuo e restrições de acesso para evitar possíveis novos focos de contaminação.
Até o momento, este é o terceiro foco de gripe aviária identificado no Brasil em 2025. Os dois primeiros foram registrados no Rio Grande do Sul, em uma granja comercial em Montenegro e no Zoológico de Sapucaia do Sul. A ocorrência reforça o alerta para a presença do vírus em ambientes urbanos e rurais, especialmente em locais de concentração de aves, sejam elas silvestres ou domésticas.
Apesar da confirmação, a Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) esclareceu que não há qualquer risco associado ao consumo de carne de frango ou ovos inspecionados e provenientes de estabelecimentos registrados. Os produtos seguem aptos para consumo humano. A pasta, no entanto, orienta que a população evite qualquer contato com aves mortas ou com sintomas respiratórios ou neurológicos e informe imediatamente os órgãos competentes sobre esses casos.
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa entre aves e que, em situações específicas, pode infectar mamíferos, incluindo humanos, embora o risco de transmissão para pessoas permaneça baixo em casos como o atual, envolvendo animais silvestres. Ainda assim, o GDF e o Ministério da Agricultura reforçam a importância do cumprimento rigoroso das normas sanitárias e do engajamento da população na vigilância ativa.
Enquanto o zoológico permanece fechado, equipes técnicas continuarão realizando ações de prevenção, observação da fauna presente e desinfecção das áreas internas. A reabertura do parque ao público dependerá da inexistência de novos registros da doença e da validação dos órgãos sanitários após o período de observação.