A Embratur e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) uniram esforços para lançar uma capacitação inédita voltada à segurança de mulheres que viajam pelo Brasil. A iniciativa surge a partir de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre as instituições em agosto de 2024 e resulta no curso “O Papel do Profissional do Susp na Proteção da Mulher Turista”, que terá carga horária de 60 horas e será ministrado de forma online.
A formação é direcionada a profissionais do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e tem como objetivo garantir que o atendimento às turistas, brasileiras ou estrangeiras, seja realizado com sensibilidade, respeito e proteção. Para Marcelo Freixo, presidente da Embratur, a ação representa um avanço no compromisso do país com um turismo mais seguro e inclusivo. “Isso é o Governo Federal mostrando que, no Brasil, as turistas estrangeiras ou brasileiras podem viajar sozinhas ou acompanhadas para onde elas quiserem e do jeito que elas quiserem. É uma iniciativa que traz mais segurança para um país que é democrático, hospitaleiro e diverso. E é, também, um gesto que mostra que o turismo é importante para o desenvolvimento sustentável do nosso país. O Brasil protege seus moradores e visitantes”, afirmou.
Michele dos Ramos, diretora de Ensino e Pesquisa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), reforçou a importância da qualificação. “Queremos garantir maior preparo na proteção a mulheres que estejam fazendo turismo pelo País, sejam elas estrangeiras ou brasileiras. O curso vai contribuir para o atendimento mais humanizado e assertivo das necessidades das mulheres turistas.”
Dividido em quatro módulos, o curso abordará o setor do turismo, direitos das mulheres, técnicas de entrevista investigativa e a interseção entre segurança e turismo. Serão oferecidas orientações práticas sobre transporte seguro, canais de informação e apoio, capacitação de profissionais do setor, promoção de destinos turísticos com foco na segurança feminina e estratégias de colaboração com organizações locais.
Entre as diretrizes, destacam-se ações como a implementação de sistemas de segurança em transportes públicos e privados, disseminação de informações sobre áreas de risco, capacitação de agentes de turismo para oferecer atendimento acolhedor e campanhas promocionais que posicionem o Brasil como um destino seguro para mulheres. A articulação com entidades que atuam na defesa dos direitos femininos também será incentivada, fortalecendo a rede de apoio às visitantes.