O espaço aéreo do Oriente Médio mergulhou em caos na manhã desta sexta-feira (13), após Israel lançar um ataque com mísseis contra alvos no Irã. A ofensiva gerou reações em cadeia no setor aéreo global, com o fechamento dos céus sobre Irã, Iraque, Israel e Jordânia, além do cancelamento ou redirecionamento de milhares de voos, afetando diretamente cerca de 2.400 passageiros e interrompendo mais de 1.800 operações apenas na Europa, segundo estimativa do Eurocontrol.
O Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, está fechado até novo aviso, com a companhia El Al suspendendo voos e retirando aeronaves do país. A Israir também evacuou sua frota e anunciou interrupção das operações durante o fim de semana.
Com rotas tradicionais comprometidas, voos comerciais foram forçados a sobrevoar regiões alternativas, como Egito, Arábia Saudita, Turquia e Azerbaijão. A mudança gerou pousos não programados em locais como Baku, no Azerbaijão, e Larnaca, no Chipre, onde passageiros estão sendo realocados em hotéis.
Entre as companhias aéreas afetadas, destacam-se:
Lufthansa: cancelou voos para Teerã e Tel Aviv até 31 de julho, e para Amã, Beirute e Erbil até 20 de junho;
Swiss: suspendeu Tel Aviv até outubro e Beirute até o fim de julho;
Flydubai: suspendeu voos para diversos destinos da região;
Emirates, Etihad e Qatar Airways: cancelaram voos para Irã, Iraque, Jordânia e Líbano;
Wizz Air: interrompeu voos para Tel Aviv;
Air France e KLM: suspenderam todas as rotas para Tel Aviv;
Delta: alertou que voos de ou para Israel podem ser afetados até 30 de junho.
Governos também emitiram alertas severos:
Reino Unido, Espanha, Romênia e Bulgária desaconselham viagens ao Irã em qualquer circunstância;
O Ministério das Relações Exteriores da Bulgária pediu a seus cidadãos que deixem o Irã imediatamente.
Além da segurança aérea, os seguros de viagem podem ser invalidados caso o turista decida viajar para áreas com alertas oficiais. O risco de não cobertura em emergências médicas ou situações de evacuação é elevado, e a assistência consular também pode ser limitada.
A escalada das tensões entre Israel e Irã está afetando diretamente a conectividade aérea global e o planejamento de milhares de viajantes, e autoridades internacionais recomendam cautela extrema e atenção constante às atualizações dos governos e companhias aéreas.