As companhias aéreas no Oriente Médio estão reavaliando suas operações nesta segunda-feira (23), após os ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas e a consequente escalada do conflito regional. A situação levou ao esvaziamento quase total do espaço aéreo entre o Irã, o Iraque e o Mediterrâneo nos últimos 10 dias.
A Singapore Airlines cancelou os voos para Dubai até terça-feira, estendendo a suspensão que inicialmente cobria apenas o domingo. Já a Iberia, membro do grupo IAG, suspendeu os voos de domingo e segunda-feira para Doha e ainda avalia os voos futuros. A Air France-KLM cancelou suas rotas de e para Dubai e Riad, e a Finnair suspendeu as operações em Doha pelo menos até terça-feira. A Air Astana, do Cazaquistão, também cancelou voos para Dubai.
“A situação é extremamente fluida e está sendo monitorada constantemente”, afirmou a Singapore Airlines, em comunicado.
Algumas companhias, no entanto, sinalizam intenção de retomar os voos. O Flightradar24 mostrava que a British Airways, também do grupo IAG, estava programada para retomar voos para Dubai e Doha ainda nesta segunda-feira, após o cancelamento dos serviços no domingo.
Com os espaços aéreos russo e ucraniano fechados desde o início da guerra, o corredor do Oriente Médio tornou-se vital para rotas entre Europa e Ásia. Com os recentes ataques e riscos de novos confrontos, muitas companhias passaram a adotar rotas alternativas pelo Mar Cáspio ou por países como Egito e Arábia Saudita.
Além das suspensões e desvios, as aéreas enfrentam custos operacionais elevados. Com o aumento das distâncias, há impacto direto no consumo de combustível e na escala das tripulações. A tensão geopolítica também leva à alta do petróleo, pressionando os custos com combustível de aviação.