BRL - Moeda brasileira
EUR
6,52
USD
5,58

Aumento do IOF impacta turistas brasileiros com alta no custo de compras e câmbio

Nova decisão do STF eleva imposto sobre cartões e moeda estrangeira; entenda o que muda para viajantes

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o retorno da alíquota maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para transações internacionais. A decisão foi proferida na última quarta-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes e impacta diretamente o Turismo brasileiro, elevando os custos de compras e operações em moeda estrangeira, tanto no Brasil quanto no exterior.

O IOF é um imposto federal que incide sobre diversas operações financeiras, como câmbio, cartões de crédito internacionais, cartões pré-pagos e aquisição de moeda em espécie. Com a decisão, todas essas modalidades passam a ser tributadas com alíquota de 3,5%.  Antes, o IOF sobre a compra de dinheiro em espécie era de 1,1%, por exemplo. Agora, não há distinção de alíquota entre cartões ou espécie, apenas quanto ao momento da cobrança.

Cartão, espécie ou pré-pago: o que vale mais a pena?

No caso de cartões de crédito internacionais, o imposto incide no momento da compra. Já para cartões pré-pagos, multimoedas ou de débito internacional, o tributo é cobrado na hora da recarga. As novas regras dificultam a economia dos turistas, que passam a ter menos margem para fugir das taxas.

As alterações também afetam a compra de moeda em espécie. Com a nova regra, turistas que buscam levar dólares ou euros para viagens ao exterior pagarão 3,5% de IOF no momento da compra da moeda. A recomendação para o consumidor é sempre comparar o valor final da operação, já que corretoras e bancos podem oferecer diferentes taxas administrativas e de câmbio.

Segundo especialistas, não é possível apontar uma forma de pagamento mais vantajosa de forma generalizada. O ideal é pesquisar bem e avaliar as condições oferecidas por cada instituição, já que o IOF é fixo.

Outros custos para o mercado

A decisão também altera outras operações que, embora não diretamente relacionadas ao turismo, impactam o setor empresarial. Entre elas, estão aportes em seguros de vida e operações de crédito para empresas, inclusive aquelas optantes do Simples Nacional. As cooperativas de crédito e fundos de investimento (FDICs) também entram na lista das novas tributações.

Nos seguros de vida com cobertura por sobrevivência, passa a incidir uma alíquota de 5% de IOF sobre aportes mensais que ultrapassem R$ 300 mil. A partir de 2026, esse limite sobe para R$ 600 mil, independentemente da quantidade de instituições onde os depósitos foram feitos. Já no caso de operações de envio de recursos ao exterior sem finalidade claramente especificada, passa a vigorar a alíquota de 3,5%, equiparando essas transações às demais operações internacionais.

A única exceção anunciada pelo governo foi para remessas ao exterior com fins de investimento, que continuam com a alíquota anterior de 1,1%. Além disso, Moraes retirou a incidência de IOF sobre a operação de “risco sacado”, modalidade de crédito usada por fornecedores no varejo.

As novas regras tornam mais caro o uso de qualquer modalidade de pagamento no exterior e exigem atenção para evitar sustos na fatura do cartão ou na compra da moeda.

LEIA MAIS NOTÍCIAS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Rafael Destro
Rafael Destro
Redator - E-mail: Rafael@brasilturis.com.br

MAIS LIDAS

Allianz Parque Tour atrai turistas após...

Passeio por bastidores da arena ganha força com férias e a Copa do Mundo de Clubes, oferecendo experiência completa a todas as idades

Clientes da 123 Milhas ganham novo...

Cooperação entre juízes de Belo Horizonte visa padronizar e agilizar trâmite de processos envolvendo consumidores lesados

Embratur e ANPTUR abrem edital para...

A Embratur e a Associação Nacional de Pesquisa e...

Brasilturis 898 – Julho 2025

DO JEITO QUE O BRASILEIRO GOSTA - Armadoras investem...

IOF em pauta: edição de junho...

Edição de junho do Brasilturis Jornal abordou com exclusividade os impactos do aumento do IOF sobre o turismo emissivo e o trade corporativo

NEWSLETTER

    AGENDA

    Labace

    REDES SOCIAIS

    PARCEIROS